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PEARL JAM: «Ten», a peça-chave para a entrada do rock alternativo no mainstream

Há 32 anos, os PEARL JAM lançaram o «Ten», que se afirmou paulatinamente como o primeiro álbum a impulsionar o rock alternativo em direcção às massas.

No dia 27 de Agosto de 1991, praticamente um mês antes do mundo ser confrontado com o sucesso de «Nevermind», dos Nirvana, foi editado outro disco que cravou o seu título na história da música rock: o «Ten», reverenciado LP de estreia dos PEARL JAM. Se, por um lado, é verdade que a gravação que Eddie Vedder e companhia colocaram no mundo não se afirmou como um êxito imediato; por outro, é inegável que se transformou paulatinamente numa peça fundamental na popularização do rock alternativo junto do mainstream.

Graças ao sucesso de singles como «Alive», «Even Flow» e «Jeremy», a que se juntou ainda a balada de derreter corações «Black», que nunca foi lançada como singlemas acabou por tornar-se uma favorita dos fãs, o «Ten» só alcançou o segundo lugar da Billboard 200 já no final de 1992, mais de um ano após ter sido lançado. Mesmo assim, por esta altura já vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo.

Como é do conhecimento geral, os PEARL JAM foram criados após o fim abrupto dos muito elogiados MOTHER LOVE BONE, que contavam na sua formação com o baixista Jeff Ament e o guitarrista Stone Gossard. Após a morte de Andrew Wood, o cantor do grupo, os dois músicos recrutaram Eddie Vedder, o guitarrista Mike McCready e o baterista Dave Krusen (a quem se juntaram em palco no ano passado) em 1990, e gravaram um dos discos responsáveis pelo boom do movimento musical e cultural apelidado grunge.

Apostando numa direcção sonora oposta à crueza e simplicidade punk dos NIRVANA ou das influências heavy metal dos ALICE IN CHAINS e SOUNDGARDEN, os PEARL JAM conquistaram toda uma legião de adolescentes com canções, que surgiram de jam sessions, carregadas de solos de guitarras e letras sobre depressão e abuso cantadas pelo icónico Eddie Vedder. Sempre foi, de resto, a voz e a poesia do cantor que deram maior charme à música criada pela banda — e foi em «Even Flow», «Black», «Alive», «Porch» ou «Garden» que Vedder e os PEARL JAM mostraram exactamente que vinham para fazer a diferença.