IRON MAIDEN

AQUELA VERSÃO: IRON MAIDEN, os singles e os lados B da época dourada

Dando continuidade à saga dos lados B dos singles dos IRON MAIDEN, esta semana a revisão mantém-se na década de 80.

Na segunda metade da década de 80, as versões escolhidas pelos IRON MAIDEN para os lado Bs dos seus singles eram já quase uma dúvida existencial, ao nível de como será o próximo Eddie. Verdade seja dita, por essa altura a banda briânica começou a apostar menos nas covers, preferindo ocupar espiras com as suas próprias criações. Antes, quando, a 6 de Setembro de 1986, foi editado «Wasted Years», a opção foi diferente e o grupo gravou temas que não eram mais que brincadeiras de estúdio.

«Reach Out» que serviu de cartão de visita aos ASAP, futura banda de Adrian Smith, e «Sheriff Of Huddersfield», um tema hilariante sobre Rod Smallwood, eterno manager do, à época quinteto. Também «Stranger in a Strange Land» trazia dois temas inéditos, que, tal como no caso de «Reach Out», possuía assinatura dos THE ENTIRE POPULATION OF HACKNEY, grupo efémero que reuniu elementos deos IRON MAIDEN a outros músicos numa noite de Dezembro de 1985.

Com «The Seventh Son Of The Seventh Son», um dos álbuns mais populares e bem-sucedidos do grupo, a tradição regressava e mirava alto. THIN LIZZY. Se, naquela altura, a banda irlandesa não estava em alta, como hoje, a morte ainda recente de Phil Lynnot, em 1986, justificava plenamente a abordagem. «Massacre», extraído de «Johnny The Fox», de 1976, não entraria num sempre complicado TOP 10 dos melhores temas dos LIZZY, mas tem uma entrada com muito de proto-Maiden.

«Can I Play With Madness», um dos mais populares vídeo-clips do grupo e consequentemente dos temas que muitos fãs trouxe a Harris e companheiros, encontrava em «Massacre» um excelente companheiro. Um par de anos antes, já John Norum tinha tentado uma versão do tema, a propósito de um tributo aos irlandeses. Dois grupos norte-americanos de power metal pegariam também no tema, os STEEL PROPHET e os RUDE AWAKENING.

Em «The Evil That Men Do», segundo single para o disco de 1988, via a banda a recriar-se, interpretando versões actualizadas de velhos clássicos, «Prowler» e «Charlotte The Harlot». «The Clairvoyant» incluiu algumas faixas gravadas ao vivo, assinalando a passagem por uma trágica edição de Donington. Com os anos 90 e «No Prayer For The Dying», as versões voltavam e «Holy Smoke», primeiro single, traria duas, a primeira das quais para uns quase desconhecidos STRAY, «All In Your Mind». Novamente as referências à juventude de Harris falavam mais alto, tal como nas primeiras versões.

No maxi-single, por seu lado, havia ainda espaço para um tema dos holandeses GOLDEN EARRING, intitulado «(Kill Me) Ce Soir». A edição de «Bring Your Daughter… To Mhe Slaughter» visava atingir o primeiro lugar de vendas no top de singles, feito inédito para o grupo, e conseguido. Talvez por isso, a escolha, desta vez, recaísse sobre um grupo habituado ao primeiro lugar das tabelas – LED ZEPPELIN. E assim se explica, em parte, a escolha de «Communication Breakdown».

Os anos 90 estavam assim iniciados e afinal, a tradição ainda não se perdera. Para leres mais sobre as versões que os IRON MAIDEN fizeram nos primeiros anos de carreira basta clickares aqui.