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BLACKBRAID: Expulsos do Midgardsblot Festival, na Noruega

A organização do evento aponta a “intoxicação excessiva” do vocalista dos BLACKBRAID para justificar o acontecido; o músico, por sua vez, diz que “a cor da pele” dos músicos pode ter sido a verdadeira causa por trás do incidente.

Nome em franca ascensão do espectro do black metal, os BLACKBRAID foram aparentemente forçados a abandonar o Midgardsblot Festival — que decorreu no último fim de semana em Borre, na Noruega. Os organizadores do evento apontam a “intoxicação excessiva” por parte de um dos elementos do colectivo nativo-americano como tendo estado por trás da expulsão, mas, nas redes sociais, os músicos alegam ter sido vítimas de um acto de discriminação racial.

Pouco após o incidente, o vocalista e líder da banda, Sgah’gahsowáh, escreveu numa das suas histórias no Instagram explicando que foram convidados a deixar o Midgardsblot por causa da “cor da pele” dos elementos do colectivo, alguns dos quais são americanos nativos. “Sinto muito pelos fãs que vieram aqui nos ver. Estava ansioso para tocar a minha flauta à volta da fogueira, mas infelizmente fui mesmo forçado a cancelar essa actuação”, explica ele.

Espero que os nossos fãs possam entender essa decisão. Um obrigado, do fundo do coração, a todos os que vieram aqui para nos ver. Gostava que a equipa partilhasse dos mesmos valores de todas as pessoas bonitas que participaram no festival. Prometo que, um dia, vamos voltar à Noruega para tocar num festival que possa apreciar os Nlackbraid pelo nosso verdadeiro valor, independentemente da nossa nacionalidade. Voltaremos.

Mais tarde, Sgah’gahsowáh emitiu uma segunda declaração, em que acaba por pedir desculpas pelo seu comportamento, assumindo que “não se portou” da forma mais responsável. No entanto, o cantor reitera uma vez mais que a situação não se desenrolou como devia.

Houve uma falha de comunicação infeliz entre os organizadores do festival e a segurança em relação às acções de um dos nossos elementos, que se deitou momentaneamente numa zona designada para que as pessoas se sentassem“, pode ler-se. “Embora os organizadores tenham ajudado a lidar de forma pacífica com a situação no início, as coisas acabaram por agravar-se algumas horas depois com alguns elementos da empresa responsável pela segurança e foi aí que a banda foi oficialmente removida do festival.

Embora tenhamos sido originalmente informados após o incidente inicial que podíamos ignorar toda a situação, e que ainda éramos bem-vindos no MgB, esse sentimento aparentemente não foi comunicado à equipa de segurança. Foi nessa altura que os outros membros nativos do grupo que desconheciam a situação foram informados pela segurança que também tinham de sair. Por várias vezes, a segurança não foi capaz de distinguir entre os membros nativos da banda, levando a mais confusão e a mal-intendidos de ambos os lados.

Embora a nossa vontade fosse dar-lhes o benefício da dúvida no que toca a racismo, a verdade é que as interacções negativas com a segurança foram contínuas. A raiva que impactou negativamente as nossas acções no momento dessa altercação foi preenchida por muitas interacções diferentes que chegaram, por fim, um ponto crítico nesse momento. A situação foi tratada de forma indevida por ambos os lados... Peço desculpa pelo meu comportamento, especialmente pela facto de ter cuspido, sobretudo aos fãs que ficaram chateados com a situação e à equipa do festival“. Podes ver as publicações originais, entretanto apagadas, em baixo.