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Empresa de cosméticos “cancela” ALICE COOPER na sequência dos seus comentários sobre a transsexualidade

ALICE COOPER afirmou há uns dias que a transsexualidade é “uma moda passageira” e a Vampyre Cosmetic, com quem ia lançar uma nova linha de maquilhagem, não gostou do que ouviu.

A Vampyre Cosmetics decidiu distanciar-se do veterano ALICE COOPER após o shock rocker ter proferido alguns comentários (mal-informados, na melhor das hipóteses) sobre a comunidade transexual. Durante o último fim de semana, a empresa de cosméticos usou a sua conta no Instagram para anunciar que vai descontinuar uma nova linha de produtos que se ia lançar em colaboração com Cooper depois do cantor de 75 anos ter apelidado a comunidade trans e a afirmação de género como “uma moda passageira”.

À luz das recentes declarações de Alice Cooper, decidimos não avançar com a nossa colaboração numa nova linha de maquilhagem“, pode ler-se no breve comunicado. “Apoiamos os membros da comunidade LGBTQIA+ e acreditamos que todos deviam ter acesso a cuidados de saúde. Todas as pré-encomendadas serão reembolsadas.” Segundo o site da empresa, a linha de cosméticos foi anunciada no passado dia 14 de Agosto e contaria com produtos que “exalam o estilo de Alice e contam com paletas de maquilhagem em formato de guitarra e amplificador“. As pré-encomendas da linha já tinham sido lançadas, mas como mencionado, a empresa vai reembolsar os clientes.

Tudo isto aconteceu depois de, durante uma entrevista ao site Stereogum, ALICE COOPER ter afirmado que, essencialmente, acredita que muitas das pessoas que se estão a assumir como transexuais o fazem para se inserirem numa tendência. “Eu começo a perceber que existem casos de transexuais, mas também tenho medo que isto seja uma moda passageira e tenho receio que muita gente afirme ser isso só porque quer ser aquilo.

Acho isso tudo errado quando tens um filho de seis anos que não faz a mínima ideia do que se passa. Eles só querem brincar, e vocês andam a confundi-los ao dizerem ‘sim, és menino, mas podes ser uma menina se quiseres.’ Acho que isso é muito confuso para uma criança. Até é confuso para um adolescente, porque é nessa altura que eles estão a tentar uma identidade e, basicamente, estão a dizer-lhes que podem ser o que quiserem. Até podem ser um gato, se quiserem. É absurdo“.

ALICE COOPER junta-se assim a uma longa lista de roqueiros de uma certa idade — o Paul Stanley, dos KISS, o Pete Townsend dos The Who, o Ted Nugent… a lista é infinita — que, pura e simplesmente, não sabem quando devem estar calados sobre assuntos que não entendem. Em notícias relacionadas, o shock rocker de Detroit lançou um novo álbum, intitulado «Road», no passado dia 25 de Agosto via earMUSIC.

Segundo comunicado de imprensa, o disco apresenta “uma espécie de nova abordagem” para o padrinho do shock rock, que, desta vez, queria que a banda que o acompanha ao vivo — o trio de guitarristas Ryan RoxieTommy Henrikson e Nita Strauss, o baixista Chuck Garric e o baterista Glen Sobel — tivesse um papel-chave no processo de composição dos temas. “No passado, o espectáculo sempre gerou muito mais curiosidade que a música”, diz o cantor.

É verdade que tivemos álbuns números um, mas o que fazíamos em palco era mais importante para as pessoas. Para o «Road», queria que a banda estivesse envolvida na criação de todas as músicas. A verdade é que só os vejo quando estamos na estrada, por isso queria que estivessem tão em sintonia como quando estamos em palco, mas em todo o material novo. Foi o que fizemos neste disco. Quando temos uma banda tão boa, acredito em exibi-la.