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TANKARD: Anunciam a saída de Olaf Zissel, que estava na banda há 30 anos

Zissel juntou-se aos TANKARD em 1994, pouco tempo após o lançamento de «Two-Faced» e participou em todos os álbuns que os ‘thrashers’ germânicos lançaram desde então.

Os veteranos germânicos TANKARD anunciaram hoje, quinta-feira, dia 20 de Junho, a saída do baterista Olaf Zissel, que foi substituído por Gerd Lücking. Olaf, que fazia parte dos thrashers desde 1994, explica que decidiu sair do grupo por falta de motivação. “Depois de mais de trinta anos, lamentamos anunciar a saída do nosso baterista, Olaf Zissel. O Olaf, que se sentou atrás da bateria desde a ‘Two-Faced Tour 1994′, deixou a banda por vontade própria“, pode ler-se num comunicado divulgado nas redes sociais.

Depois de mais de 30 anos de jornada (trabalho e banda), a minha motivação foi-se“, explica o baterista. “Quero ceder ao declínio físico e ao desejo de poder fazer coisas normais novamente. Algo como fabricar cerveja, ou obter uma licença de pesca“. O seu sucessor, Gerd Lücking, não é estranho ao universo dos TANKARD, sendo um engenheiro de som com muitos anos de experiência, que já trabalhou diversas vezes com a banda e até substituiu Olaf Zissel em algumas ocasiões.

Foi há pouco mais de 36 (!) anos, corria o ano de 1988 e eu tinha apenas 13 anos, quando vi os Tankard ao vivo no Volksbildungsheim, em Frankfurt, e percebi imediatamente que um dia também gostaria de poder beber tanta cerveja em apenas 90 minutos, escreve Lücking. “Hoje, depois de muito trabalho para adquirir esse talento e de uns incríveis 25 anos atrás da mesa de som (além da participação ocasional num ou outro concerto), vou dar continuidade a um grande legado ao assumir a bateria, na esperança de reproduzir a alegria de tocar do meu antecessor e acompanhar a enorme presença de palco da banda.

O álbum mais recente dos TANKARD, intitulado «Pavlov’s Dawgs», foi lançado em Setembro de 2022 via AFM Records. O — pasme-se! — 18.º álbum de estúdio da banda foi gravado e produzido nos Gernhard Studios, em Troisdorf, Alemanha, com o produtor Martin Buchwalter, e está disponível em CD, audiobook limitado com imagens inéditas dos últimos quarenta anos do grupo, vinil e numa boxset deluxe, que inclui as duas lendárias demos do grupo em cassete.

No passado mês de Abril, ainda antes de assinarem uma actuação explosiva na edição deste ano do SWR Barroselas Metalfest, os TANKARD estiveram à conversa com a LOUD! e explicaram-nos o segredo para a sua longevidade. “Nos anos 80 ainda fizemos algumas digressões, tivemos essa experiência de andar pela Europa num tour bus, a tocar todas as noites, mas no início dos 90s percebemos que, para nós, as coisas não iam poder continuar a funcionar assim”, disse o baixista, e membro fundador, Frank Thorwarth.

Podem chamar-nos fracotes ou o que quiserem, mas chegámos rapidamente à conclusão que nenhum de nós ia aguentar esse estilo de vida. Quando fazes 20 ou 25 concertos seguidos, sem um dia de descanso que seja pelo meio, que foi algo que fizemos no passado, uma coisa que é suposto ser divertida vai acabar por tornar-se aborrecida.

No início dos anos 90 notámos que estávamos a perder todo o entusiasmo e que a banda corria um sério risco de se transformar num emprego. E, sejamos sinceros, se queres arranjar um trabalho para pagar as contas, há formas muito mais fáceis de ganhar a vida do que subir a um palco todas as noites. [risos] Foi nessa altura que nos sentámos e tomámos a decisão de não fazer mais digressões. Desde então, fazemos uma média de 30 concertos por ano… Temos os nossos empregos, famílias, à excepção do “Guerre” todos temos filhos, mas viajamos para tocar quase todos os fins de semana e, até agora, nunca deixou de ser divertido.