SEPULTURA

SEPULTURA: “Não tenho ódio nenhum do Max, respeito muito o Max e o Iggor”, diz ANDREAS KISSER [vídeo]

Os rumores de uma possível reunião dos SEPULTURA com os irmãos CAVALERA continuam a ganhar força.

No final de 2023, os SEPULTURA surpreenderam a sua base de fãs ao anunciar que vão encerrar as suas actividades após o final da digressão Celebrating Life Through Death. Este derradeiro périplo mundial do grupo foi um dos assuntos abordados numa edição recente do programa Conectados (transmitido pela rádio Transamérica), que foi para o ar na última segunda-feira, dia 1 de Abril, e contou com a participação do guitarrista Andreas Kisser.

Durante a parte final da entrevista, o apresentador Román Laurito mencionou a possibilidade dos irmãos Max e Iggor Cavalera (que fundaram os SEPULTURA) participarem na Celebrating Life Through Death e. uma vez mais, Andreas reforçou a ideia já vinculada de que gostaria efectivamente de convidar todos os ex-membros da banda para participarem num derradeiro concerto de despedida. “Não fizemos nada em em relação a isso. No entanto, acho que, num último e derradeiro concerto, seria muito interessante ter os ex-integrantes, inclusive, obviamente, eles”, começou por dizer o guitarrista e actual timoneiro do grupo.

Temos o Jean Dolabella, o próprio Eloy, o Jairo Guedz, outros músicos que fizeram parte da banda, como o Roy Mayorga, e o próprio Max e o Iggor. Mas isso é uma coisa que… Vai ficar um pouco mais para a frente. Eu gostaria muito de convidar todo mundo, mas isso não depende só de nós“, disse Andreas.

A seguir, aproveitando a abertura do músico para fazer de uma possível reunião, Román acabou mesmo por perguntar a Kisser há quanto tempo não fala com Max Cavalera. “Não sei, eu vi-o, sei lá, há uns seis, sete anos, num festival. Cumprimentámo-nos. Entre nós, não há aquela coisa de nos vermos e querermos atirar-nos ao pescoço um do outro… Não existe isso, sabem?

Não temos essa coisa de agressividade, ou de ódio. Eu não tenho ódio nenhum do Max, respeito muito o Max e o Iggor. Se o reencontro acontecer, vai ser lindo… Mas também, se não acontecer, vamos celebrar do mesmo jeito“, completou o líder dos SEPULTURA. A entrevista completa pode ser vista a seguir.

Os metaleiros brasileiros SEPULTURA deram início à sua digressão de despedida no Arena Hall, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, no passado dia 1 de Março. O concerto, que registou lotação esgotada, marcou também a estreia da banda com Greyson Nekrutman, ex-SUICIDAL TENDENCIES, que substituiu oficialmente o baterista de longa data Eloy Casagrande em Fevereiro.

Nekrutman, que tem apenas 21 anos, é frequentemente citado como um dos músicos mais explosivos do mundo da bateria actual e conquistou uma legião de fãs desde que surgiu em cena há uns anos… Vendo os vídeos disponíveis da actuação percebe-se porquê, mesmo com pouco tempo de ensaios e adaptação, o jovem músico não só interpretou sem mácula muitos êxitos dos SEPULTURA como também atacou uma série de temas mais obscuros do fundo de catálogo dos brasileiros de uma forma impressionante.

Os SEPULTURA vão passar 18 meses a celebrar o seu passado e presente pela última vez. A ser planeada há dois anos, a última digressão dos icónicos metaleiros brasileiros vai marcar mais um momento muito especial na vitoriosa história da banda. Antes da despedida, o derradeiro périplo mundial do grupo vai ter início com uma série de datas espalhadas pelo Brasil, América Latina e Europa, com a promessa de actuações adicionais a serem reveladas em breve. Até ao momento, a banda não tem qualquer concerto confirmado na Península Ibérica.

Após quatro décadas cheias de altos e baixos, tendo visitado 80 países e experienciado inúmeras culturas diferentes, tivemos a oportunidade de nos tornar mensageiros do Brasil e espalhar as nossas cores e os nossos ritmos pelo mundo“, disseram os SEPULTURA durante uma conferência que pode ser vista na íntegra em baixo .

Com o nosso último álbum de estúdio, «Quadra», assinámos um destaque da nossa carreira e adicionamos-lhe um capítulo inesquecível seguido da experiência ‘SepulQuarta’ que nos ajudou a superar todos juntos os tempos difíceis da pandemia. Agora, vamos unir forças para uma despedida final e forte. E todos vocês podem fazer parte disso.

“Estamos felizes e muito gratos por tudo o que pudemos presenciar durante estas últimas quatro décadas”, continuou a banda. “Lançámos óptimos álbuns e demos concertos inesquecíveis, cultivámos amizades, conhecemos os nossos ídolos, contribuímos para colocar o metal brasileiro no mapa mundial e, portanto, sentimos que podemos sair do cenário musical com a sensação de dever cumprido.

Sempre tivemos os melhores fãs do mundo, que nos apoiaram com elogios e críticas, que foram exigentes e inteligentes, que cresceram com a banda e sempre foram leais. Sem vocês nada disto teria sido possível. Este álbum e esta digressão são para vocês. Querida SepulNation, amamos-vos e amaremos sempre! Eutanásia, o direito a uma morte digna. O direito de escolher viver livre e de escolher quando morrer!”.