As lendas do thrash SACRED REICH não precisaram de muito mais de uma hora para levarem o público ao rubro e espalharem a sua mensagem de paz e amor.
Numa altura em que os festivais de Verão ainda vão acontecendo um pouco por toda a Europa, os concertos isolados com bandas são escassos. No caso dos SACRED REICH, a banda norte-americana aproveitou a sua passagem pelo festival Bloodstock Open Air, em Inglaterra, para incluir mais algumas datas no Reino Unido – e também uma na Irlanda. Foi a esse concerto, em Dublin, que a LOUD! assistiu porque ver um bom concerto de thrash durante as férias também faz bem à alma.
A sala Opium fica numa zona relativamente central da capital irlandesa e foi alvo renovações muito recentemente. Em termos de comparação, pode dizer-se que o tamanho é em tudo semelhante ao da Sala 2 do LAV – Lisboa ao Vivo, com uma capacidade total a rondar as 550 pessoas. No caso desta noite, cerca de 350 fãs marcaram presença e, para um fim de tarde de uma quinta-feira em pleno Agosto, esse foi um saldo bastante positivo.
Os irlandeses ANIMATOR tiveram honras de abertura e mostraram todas as suas qualidades com um thrash metal moderno, coeso, recehado de bons riffs e com um excelente baterista. Foram 30 minutos muito bem aproveitados pela banda da casa. Seguiram-se os australianos HIDDEN INTENT, que acompanharam os SACRED REICH nestas datas pelo Reino Unido e na Irlanda. A banda trouxe consigo boa disposição, bem como um thrash com bastante groove. Com temas do mais recente «Dead End Destiny» a serem o foco principal da actuação, os músicos de Adeleide acabaram for justificar o porquê de terem sido escolhidos para esta série de concertos e até conseguiram alguns tímidos circle pits por parte do público.
Pouco mais de uma hora da actuação foi suficiente para a legião de fãs dos SACRED REICH sair da sala satisfeitos com o thrash metal clássico debitado pela banda norte-americana nesta Summer Of Love Tour. A banda entrou em palco ao som do clássico «The Boys Are Back In Town», dos THIN LIZZY,e actuação com «The American Way». Seguiram-se «Manifest Reality» e «Divide & Conquer», do mais recente LP «Awakening», com o baixista e vocalista Phil Rind a aproveitar para dizer que não são os migrantes que chegam de barco que são o inimigo, mas sim as pessoas que chegam em limusinas – referindo-se à classe política. A mensagem de Rind ao longo da noite foi de paz e amor, com a banda a destacar que gosta de todaa gente, independentemente da sua origem. «Ignorance» e «Killing Machine» foram mais dois outros grandes momentos da noite, onde o mosh e os circle pits foram sempre uma constante. O publico, esse, foi ao rubro com «Surf Nicaragua»,que encerrou a noite com chave de ouro.