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RAMMSTEIN: Ministério Público de Berlim retira acusações contra TILL LINDEMANN

Os investigadores não descobriram provas de que tenham sido usadas drogas para coagir mulheres a fazer sexo com o vocalista dos RAMMSTEIN.

As investigações de que TILL LINDEMANN, o vocalista dos RAMMSTEIN, tem estado a ser alvo foram por fim arquivadas pelo Ministério Público de Berlim. Apesar das várias alegações que foram tornadas públicas no início deste ano por várias mulheres na sequência do comportamento do cantor em festas nos bastidores dos concertos da banda, o Deutsche Welle avança que os investigadores foram forçados a encerrar o caso por falta de provas que corroborem as acusações.

Segundo o jornal alemão, os investigadores explicaram que as autoridades não receberam qualquer tipo de testemunho oficial de nenhuma das mulheres que fizeram as acusações iniciais contra o vocalista dos RAMMSTEIN, nem descobriram provas de que tenham sido usadas drogas para coagir essas mulheres a fazer sexo com ele. Como resultado, a equipa jurídica de Lindemann emitiu uma breve declaração.

O rápido encerramento do processo de investigação pelo Ministério Público de Berlim mostra que não há provas suficientes de que o nosso cliente alegadamente cometeu crimes sexuais”, pode ler-se. Recorde-se que RAMMSTEIN terminaram recentemente uma longa digressão pela Europa, que incluiu uma actuação memorável no Estádio da Luz, em Lisboa.

Como noticiado anteriormente, no passado mês de Maio, após um espectáculo na Lituânia, começaram a surgir alegações de má conduta sexual por parte de TILL LINDEMANN, o vocalista dos RAMMSTEIN. A banda negou prontamente as acusações, mas Lindemann foi prontamente abandonado pela sua editora literária e a Universal Music suspendeu toda e qualquer promoção da música do grupo quando o Ministério Público de Berlim tornou pública uma investigação a Lindemann por “alegações relacionadas a crimes sexuais e distribuição de narcóticos“.

Após esta notícia, a Universal Music divulgou prontamente um breve comunicado em que anuncia a suspensão da promoção da banda e onde pode ler-se: “As acusações contra o Till Lindemann chocaram-nos e temos o maior respeito por todas as mulheres que decidiram tão corajosamente falar em público sobre este caso”. No mês passado, uma fã que assistiu ao concerto da banda em Vilnius, na Lituânia, fez uma série de publicações no Reddit e no Twitter onde alegava ter sido drogada durante uma festa pré-espectáculo para a qual tinha sido convidada por um membro da equipa da banda.

A mulher alega ainda que foi convidada a manter relações sexuais com Till Lindemann debaixo do palco durante um dos interlúdios do concerto e, embora tenha afirmado que não foi abusada sexualmente, partilhou várias fotos e vídeos de hematomas com os quais acordou na manhã seguinte.

Após essas primeiras publicações se terem tornado virais, várias outras mulheres também fizeram acusações contra o cantor nas redes sociais e, a 28 de Maio, os RAMMSTEIN negaram as alegações, afirmando que “no que diz respeito às alegações que circulam na internet sobre Vilnius, podemos descartar a possibilidade do que está a ser reivindicado ter ocorrido no nosso ambiente. Não estamos cientes de quaisquer investigações oficiais sobre este assunto.

A verdade é que, poucos dias depois, Lindemann foi dispensado pela sua editora literária, a Kiepenheuer & Witsch, com a empresa a confirmar ter tomado conhecimento “de um vídeo pornográfico em que Till Lindemann celebra a violência sexual contra mulheres e no qual o livro de 2013 ‘In Still Night’, publicado pela Kiepenheuer & Witsch, desempenha também um papel“.

A 3 de junho, os RAMMSTEIN divulgaram outra declaração nas suas redes sociais a abordar as alegações: “As publicações dos últimos dias têm causado irritação e questionamentos por parte do público e principalmente dos nossos fãs. Estas alegações atingiram-nos em cheio e estamos a levá-las extremamente a sério. Queremos garantir que é importante para nós que os fãs se sintam confortáveis e seguros nos nossos concertos — seja à frente ou até atrás do palco. Condenamos qualquer tipo de transgressão e pedimos-lhes que não se deixem envolver no preconceito público contra quem fez estas denúncias. Toda a gente tem direito ao seu ponto de vista.

Dois meses após surgiram as primeiras acusações, os advogados do cantor conseguiram proibir o jornal alemão Der Spiegel de publicar um novo artigo sobre o caso. “Com uma decisão temporária do Tribunal Regional de Hamburgo a 14 de Julho de 2023, o Der Spiegel foi agora proibido de levantar qualquer suspeita de que Till Lindemann terá drogado ou tinha mulheres drogadas em concertos do grupo Rammstein com a ajuda de drogas, ou álcool, para permitir que pudesse agir contra elas“, pode ler-se no comunicado de imprensa divulgado pela equipa de advogados de Lindemann, que afiançam pretender tomar mais medidas contra outros meios de comunicação que noticiaram o caso.

Recorde-se que, no passado mês de Junho, a equipa legal do cantor de 60 anos já tinha negado todas as acusações de agressão sexual e manifestado a intenção de tomar medidas legais contra os indivíduos que fizeram alegações contra o artista e contras os meios de imprensa que cobriram o caso. “Nas redes sociais, especialmente no Instagram, Twitter e YouTube, várias mulheres fizeram acusações graves contra o nosso cliente. Foi, por exemplo, alegado repetidamente que várias mulheres foram drogadas nos concertos dos Rammstein para permitir que o nosso cliente praticasse actos sexuais com elas. Essas alegações são, sem excepção, falsas“, dizia a nota divulgada a 8 de Junho pelos advogados do artista.

Estamos a tomar medidas legais imediatas contra quaisquer indivíduos que tenham feito alegações dessa natureza“, continuava a nota. “As alegações feitas foram disseminadas por vários meios de comunicação. Num grande número de casos, isso levou a denúncias inadmissíveis de suspeitas. Não apenas falharam em pesquisar e recolher provas suficientes, mas também violaram o requisito de relatarem de maneira equilibrada e objectiva.