Exactamente numa altura em que MARILYN MANSON provavelmente pensava estar a conseguir contornar uma parte dos seus problemas legais, eis que surge mais uma alegação e processo judicial por suposta má conduta sexual com o músico nascido Brian Warner como alvo — e, desta vez, o alegado crime ocorreu nos 90s e supostamente envolveu uma menina menor de idade. Fica o aviso: os detalhes deste caso são horríveis e, mesmo que só metade disto fosse verdade, já seria suficientemente monstruoso e grotesco. E sim, também já sabemos como vai ser. O mais certo é que as caixas de comentários nas redes sociais se encham de comentários de fanboys e fangirls a gritar “ao mundo” que o músico não fez nada de mais, que a vítima está a inventar tudo, que isto é tudo uma cabala e que #paymetoo e outras barbaridades do género, mas vamos lá ser um bocadinho realistas. Esta não é a primeira, nem a segunda… Caramba, nem sequer é a terceira vez que reportamos condutas reprováveis por parte do músico norte-americano e, ainda que Manson seja inocente até prova em contrário, não nos podemos esquecer de que, geralmente, “onde há fumo, há fogo“.
De acordo com uma notícia publicada hoje pela Rolling Stone, a queixosa, agora adulta e identificada anonimamente como “Jane Doe”, diz que Manson a agrediu sexualmente várias vezes num momento em que a carreira do artista estava a ganhar tracção. Talvez por isso, o processo que deu entrada num tribunal de Long Island, Nova Iorque, visa também as antigas editoras de Manson, a Interscope e a Nothing Records, como réus. Na denúncia, Manson é acusado de agressão sexual e imposição intencional de sofrimento emocional, enquanto os dois selos discográficos são acusados de negligência. A queixosa afirma que, em 1995, altura em que tinha 16 anos, conheceu o músico num concerto em Dallas, no Texas. Como qualquer fã adolescente, esperou perto do tourbus para conhecer a banda. Alegadamente, o shock rocker convidou-a, e outras raparigas, para entrarem no autocarro e, já no interior no veículo, anotou os nomes de todas, perguntou-lhes a idade e o ano escolar e anotou os seus endereços e números telefónicos.
Segundo o processo a que a publicação norte-americana teve acesso, terá sido logo nessa noite que Manson “praticou vários actos de conduta sexual criminosa contra a queixosa, que era virgem na época, incluindo, entre outros, cópula forçada e penetração vaginal”.
Não só isso, mas um dos colegas de banda de Manson supostamente assistiu a tudo antes da rapariga ser posta fora do autocarro, com o Sr. Warner a dizer que “a matava e à sua família” se alguma vez contasse o sucedido às autoridades. Nos anos seguintes, a queixosa continuou a ter acesso a Manson e foi preparada para o acompanhar em digressão, enquanto era abusada emocionalmente, fisicamente e sexualmente. Nesse período em que conviveu com o artista teve também o seu primeiro contacto com drogas duras e por volta de 1999, mesmo já depois de completado 18 anos e estar a namorar com Chris Vrenna, o baterista dos NINE INCH NAILS, continuou a ser abusada sexualmente e por Manson. Às vezes, alega o processo, Manson obrigava-a a ter relações sexuais com os seus companheiros de banda e o seu assistente. Além de todas as alegações contra Manson, Doe afirma que a Interscope e a Nothing Records estavam “bem cientes da obsessão de Warner com violência sexual e agressão sexual a crianças“, sendo que nenhuma das duas fez o que quer que fosse para investiga ou monitorizar os abusos o comportamento do artista.
Como noticiado anteriormente, MARILYN MANSON fechou um acordo no processo de agressão sexual movido pela actriz ESMÉ BIANCO, famosa pela sua participação na série ‘Game Of Thrones’. Segundo declarações de Jay Ellwanger, o advogado de Esmé, à Rolling Stone, “a Sra. Bianco concordou resolver as suas reivindicações contra o Sr. Brian Warner e a Marilyn Manson Records, Inc. de forma a seguir em frente com a sua vida e a sua carreira”. Os termos do acordo são, até à data, desconhecidos. Recorde-se que a actriz entrou com uma acção judicial contra o músico, nascido Brian Warner, e a sua editora, a Marilyn Manson Records, Inc., em 2021, acusando-o de violação, agressão sexual e tráfico humano. Citando um incidente de 2011, Bianco alegou que Manson “usou drogas, força e ameaças de força para coagir actos sexuais” e também descreveu detalhou o abuso, incluindo palmadas, mordidas, cortes e chicotadas sem o seu consentimento. Bianco, que é britânica, também acusou Manson de fazê-la trabalhar de graça, uma violação das leis de tráfico da Califórnia, e de trancá-la num quarto para evitar que escapasse. Apesar de ter sido a primeira mulher a abrir um processo contra Manson, Bianco não a primeira a acusá-lo de abuso sexual. Uns meses antes, Evan Rachel Wood abriu as portas para uma avalanche de acusações ao apresentar uma lista perturbadora de abusos que o cantor cometeu durante o relacionamento entre ambos. Em resposta, Manson processou Wood por difamação. Outra das supostas acusadoras de Manson, Ashley Morgan Smithline, viu recentemente o seu processo ser arquivado.