Através da sua conta pessoal no Instagram, Evan Rachel Wood declarou uma vez mais que sofreu abusos por parte do cantor MARILYN MANSON. Como é do conhecimento público, os dois mantiveram um relacionamento entre 2006 e 2010, ficando noivos, mas acabaram por dar a sua relação como terminada antes de se casarem. “O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido pelo mundo como Marilyn Manson. Começou a assediar-me quando eu ainda era adolescente e abusou de mim horrivelmente durante anos. Sofri uma lavagem cerebral e fui manipulada à submissão“, explica Evan. “Cansei-me de viver com medo da retaliação, da difamação ou de chantagens. Estou aqui para expor este homem perigoso e denunciá-lo às indústrias que lhe deram espaço antes que estrague outras vidas. Estou ao lado das muitas vítimas que não vão mais ser silenciadas“.
Durante os últimos anos, a actriz norte-americana tem dito frequentemente na imprensa e nas redes sociais que foi alvo de abusos por parte de um homem com o qual se relacionou. Muitos fãs e internautas especulavam que este homem seria MARILYN MANSON, devido ao relacionamento público entre os dois, mas a actriz, até então, nunca havia citado o seu nome. No entanto, no início de 2019, Evan gravou um depoimento em vídeo para uma audiência do Comité de Segurança Pública do Senado da Califórnia para falar sobre o relacionamento abusivo que viveu entre o fim da adolescência e início da vida adulta. Nascida em 1987, a actriz manteve uma relação com Manson entre os 18 e 23 anos.
No final de 2019, durante uma entrevista com a Metal Hammer UK, Manson foi questionado sobre o testemunho de Wood e os comentários horríveis que o músico tinha feito sobre ela. Num artigo de 2009 publicado na Spin, Manson foi citado como tendo dito acerca de Wood: “tenho fantasias todos os dias sobre como partir-lhe o crânio com uma marreta.” O cantor interrompeu a entrevista com a Metal Hammer e, uns dias depois, através de um representante, enviou à publicação britânica uma longa declaração que incluía vários comentários positivos feitos por algumas das suas outras ex-parceiras. Na ocasião, os comentários à Spin foram justificados como tendo acontecido no contexto de “uma entrevista de uma estrela de rock teatral a promover um novo álbum, e não como um relato factual.“
De acordo com a Vanity Fair, na sequência da publicação de Wood, quatro outras mulheres também apresentaram suas próprias alegações contra MANSON, “detalhando experiências angustiantes que incluem agressão sexual, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação“. Numa publicação, também no Instagram, a modelo Sarah McNeilly explica que “ele (Brian Warner, também conhecido como Marilyn Manson) atraiu-me com um ‘bombardeamento de amor’. Apresentou-se como o namorado perfeito. Alegando que tudo não passava de um mal entendido. Charmoso, inteligente, engraçado, carismático. Enquanto me estava a cortejar, descobri que estava a torturar outras pessoas. Em pouco tempo, comecei eu a ser torturada. Fui abusada emocionalmente, aterrorizada e tenho as cicatrizes para mostrar.”
Ashley Walters, outra modelo, explica que continua “a sofrer de TEPT e a lutar contra a depressão. Mantive contacto com algumas pessoas que passaram pelos seus próprios traumas, sob o controle dele. Enquanto todos lutávamos, como sobreviventes, para continuarmos com as nossas vidas, continuava a ouvir histórias perturbadoras e, em tudo, semelhantes às minhas próprias experiências. O abuso que ele causou tornou-se óbvio; e ele continua a infligir estes abusos a muita gente e eu não posso ficar parada e deixar isso acontecer a outras pessoas. O Brian Warner tem de ser responsabilizado.” Outra utilizadora, identificada apenas como Gabriella, diz que demorou “cinco anos para conseguir falar e dizer que estava em um relacionamento abusivo. Fui diagnosticada com TEPT e ainda sofro de pesadelos. Bloqueei muitas das memórias, mas os sentimentos permanecem e manifestam-se de várias formas. A razão pela qual estou finalmente a partilhar esta experiência traumática é para me curar e porque me cansei de ficar em silêncio. Não acredito que seja justo alguém não ser responsabilizado pelas suas ações horríveis. Não sou uma vítima. Sou uma sobrevivente.” Até o momento, MARILYN MANSON não se manifestou sobre estas acusações.