LED ZEPPELIN

LED ZEPPELIN: «IV», 52 anos de rock’n’roll de excelência

Mais de meio século, e mais de 37 milhões de cópias vendidas depois, o quarto álbum dos LED ZEPPELIN toca acordes que continuam a ressoar globalmente.

O quarto álbum de estúdio dos LED ZEPPELIN, mais conhecido como «Led Zeppelin IV», foi editado no dia 8 de Novembro de 1971, há exactamente 52 anos. Hoje, continua a ser um dos registos mais influentes a nível criativo e comercialmente bem-sucedidos de sempre na história do rock e, como declaração artística, tocou acordes que continuam a ressoar globalmente entre os fãs de música e aspirantes a músicos.

Comercialmente, o «Led Zeppelin IV» é um autêntico rolo compressor e, até à data, vendeu mais de 37 milhões de cópias em todo o mundo. Só nos Estados Unidos, foi recentemente certificado 24 vezes platina pela RIAA e mantém-se estoicamente como o quinto álbum mais vendido de todos os tempos.

Além disso, apesar de estar empatado com o «The White Album», dos THE BEATLES, é o álbum mais vendido por um artista britânico no mundo inteiro, tendo sido certificado diamante no Canadá (2x); multi-platina na Austrália (9x), Reino Unido (6x) e França (2x); platina no Brasil, Itália, Argentina, Noruega, Polônia e Espanha; e ouro na Alemanha (3x).

Como se isto não fosse suficiente, também liderou as tabelas de vendas no Reino Unido, no Canadá e na Holanda, e alcançou o #2 na Austrália, Dinamarca, França, Suécia e Estados Unidos, onde continua a ser o álbum mais vendido do catálogo do grupo.

Antes do enorme sucesso e dos elogios gerados pelo LP editado em 1971, os LED ZEPPELIN tinham passado o Outono e o Inverno do ano anterior a trabalhar nos oito temas contidos no alinhamento, com as primeiras sessões de gravação a começarem nos Island Studios, em Londres, durante o mês de Dezembro de 1970. Um mês depois, a banda mudou-se para a Headley Grange, uma casa de campo em Hampshire, Inglaterra. Usando o estúdio móvel dos THE ROLLING STONES, converteram a casa no seu lugar de trabalho e gravaram a maioria das pistas básicas dos temas com o engenheiro Andy Johns, com quem já tinham trabalho nos seus dois registos anteriores.

Essa abordagem pouco convencional para a época deu ao grupo muito mais liberdade para captar da forma mais espontânea possível as suas performances e momentos de inspiração. Além disso, a banda também encontrou formas, algumas bastante rebuscadas, de usar a acústica de Headley Grange a seu favor.

A mais famosa, colocou John Bonham a gravar a «When The Levee Breaks» no saguão de entrada da casa, usando a reverberação natural do espaço para criar um dos sons de bateria mais brutais de todos os tempos. Samplado posteriormente por artistas tão diversos como Beyoncé, os BEASTIE BOYS, os MASSIVE ATTACK, Björk ou Eminem, este é só um dos pontos mais altos de um alinhamento sem mácula.

Quando as faixas básicas do álbum foram finalmente concluídas, o quarteto regressou por fim a Londres para, de volta nos Island Studios, gravarem a incontornável «Stairway To Heaven» e adicionarem overdubs ao material captado na Headley Grange. Hoje, meio século depois da edição deste título, os LED ZEPPELIN continuam a ser respeitados e homenageados pelo papel fundamental que desempenharam na história da música feita com guitarras.

A banda foi incluída no Rock And Roll Hall Of Fame em 1995, recebeu um Lifetime Achievement Award durante a cerimónia dos Grammys de 2005 e, um ano depois, foi premiada com um Polar Music Prize em Estocolmo. Os elementos fundadores Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones – na companhia de Jason Bonham, o filho do malogrado John Bonham – subiram ao palco da O2 Arena de Londres em 2007 para encabeçarem um concerto de homenagem a Ahmet Ertegun, um dos fundadores da Atlantic Records.

Em Janeiro de 2014, ganharam por fim o primeiro Grammy da sua carreira com «Celebration Day», que captou a sua prestação no concerto de homenagem a Ertegun, e foi eleito o “Melhor Álbum de Rock” desse ano.