Mais de três décadas após a sua edição, os «Use Your Illusion», dos GUNS N’ ROSES, continuam a ser uma das obras mais ambiciosas da história do rock’n’roll.
É difícil explicar a grandiosidade que os GUNS N’ ROSES atingiram entre o fim da década de 80 e o início dos anos 1990. A banda norte-americana transformou-se numa das maiores do mundo em pouco tempo e soube exactamente como aproveitar a expectativa que pairava em torno de si, lançando um tapa-buracos chamado «GN’R Lies», uma colectânea de inéditos ao vivo e em registo acústico, apenas um ano depois do colossal «Appetite For Destruction».
O verdadeiro sucessor do álbum de estreia só seria editado quatro anos depois, mas a longa espera seria recompensada com dois discos grandiosos. Lançados na madrugada do dia 16 para 17 de Setembro de 1991, o «Use Your Illusion I» e o «Use Your Illusion II» são muitas vezes mencionados como discos separados, mas obviamente que são complementares, uma vez que têm capas semelhantes, são produções contemporâneas entre si e chegaram ao público exactamente na mesma data.
Para assinalar o 31.º aniversário de uma das obras mais ambiciosas da história do rock, decidimos reunir 13 curiosidades que, provavelmente, não conheces acerca dos dois volumes de «Use Your Illusion».
— Os álbuns foram lançados, literalmente, ao primeiro minuto do dia 17 de Setembro de 1991. Hordas de fãs acamparam à porta de lojas de discos por todo o mundo para serem os primeiros a comprar os álbuns;
— Alguns dos temas contidos nos «Use Your Illusion» foram escritas nos primórdios da banda e podem ser encontrados num bootleg de maquetas intitulado «The Rumbo Tapes». «Back Off Bitch», «Bad Obsession», «Don’t Cry» (a que Axl Rose já se referiu como “a primeira música que escrevemos juntos“), «November Rain» e «The Garden» fazem parte dessa lista;
— A banda teve alguma dificuldade em chegar ao som final que pretendia para os discos, principalmente durante a etapa das misturas. De acordo com um artigo de capa da Rolling Stone, publicado em 1991, depois de misturarem 21 temas com Bob Clearmountain, os músicos decidiram descartar essas versões e começar do zero com Bill Price, que tinha trabalhado com os SEX PISTOLS;
— Donald Trump, o ex-Presidente dos Estados Unidos, afirmou que o vídeo-clip de «November Rain» é o “melhor de todos os tempos”, e rendeu-se à magia da banda desde cedo, indo, de limusine, até à Tower Records, em Manhattan, Estados Unidos, para adquirir as suas cópias;
— Estima-se que, em apenas duas horas, os dois discos venderam cerca de 500 mil cópias apenas nos Estados Unidos;
— Em termos de vendas, o «Use Your Illusion» acabou por ficar abaixo das expectativas da Geffen Records. Ainda assim, numa estimativa feita em 2010, cada volume já tinha vendido, desde o lançamento, 5,5 milhões de cópias;
— O «Use Your Illusion II» estreou acima do «Use Your Illusion I» nas tabelas de vendas de vários países porque incluía o single «You Could Be Mine». O segundo volume ficou em primeiro lugar em apenas cinco países e o primeiro obteve a segunda posição em quatro, incluindo os Estados Unidos;
— A situação só de invertou no Canadá, com o «Use Of Illusion I» a entrar para o primeiro lugar da tabelas de vendas e o «Use Your Illusion II» a ficar em segundo lugar;
— «You Could Be Mine», o primeiro single de avanço para os «Use Your Illusion» foi revelado a 21 de Junho de 1991, como parte da banda-sonora do filme “Terminator II – Judgment Day»;
— A canção «Get In The Ring» mostra a banda a atacar alguns dos seus críticos. Entre os alvos dos músicos estão editores de várias revistas de música e entretenimento;
— O «Use Your Illusion II» inclui a única – e última – colaboração do baterista Steven Adler com a banda no tema «Civil War». Os restantes temas dos álbuns foram gravadas por Matt Sorum;
— Os dois tomos de «Use Your Illusion» incluem uma série de músicos convidados, entre os quais se contam Shannon Hoon (em «Don’t Cry»), Michael Monroe (em «Bad Obsession») e Alice Cooper (em «The Garden»).
— Além dos originais, os «Use Your Illusion» incluem duas versões, que se tornaram icónicas. «Live And Let Die», dos WINGS, de Paul McCartney, e «Knocking On Heaven’s Door», de Bob Dylan;
— A capa dos dois volumes é um pedaço da obra “Escola de Atenas”, do pintor renascentista Raphael.
