O mais recente longa-duração dos noruegueses GAAHLS WYRD, afirma-se como uma jornada sonora cinematográfica que transcende géneros e mergulha nas vozes interiores.

Os esotéricos noruegueses GAAHLS WYRD regressam finalmente com o seu muito aguardado segundo álbum, «Braiding The Stories», que vai ser editado amanhã, dia 6 de junho, através da editora Season Of Mist. Após o sombrio e fantasmagórico «GastiR – Ghosts Invited», de 2019, e a contemplativa jornada de «The Humming Mountain», de 2021, o colectivo apresenta agora um LP que se ergue das profundezas do White Lodge — expressão que o vocalista Gaahl utiliza para descrever este espaço de criação.

“Na verdade, trabalho sempre com o subconsciente”, revela o carismático músico. “No entanto, desta vez, quis mesmo que o ouvinte se perdesse no álbum.” Já disponível para escuta no player em baixo, «Braiding The Stories» é um convite a devaneios e à introspeção, reunindo fragmentos de sonhos, vozes interiores e reverberações sonoras de tudo aquilo que permanece oculto.

Estendendo-se por nove faixas e 42 minutos de duração, o novo álbum dos GAAHLS WYRD explora uma série de estados fluidos de memória e identidade, e cada faixa é um passo nessa descida cinematográfica, do lirismo vulnerável do tema-título ao pulsar ritualista de «Time And Timeless Timeline», passando pela dissonância hipnótica de «And The Now».

Produzido por Iver Sandøy, conhecido pela sua associação aos Enslaved e Wardruna, no Solslottet Studio em Bergen, em colaboração próxima com a banda, o disco revela um cuidado artesanal em cada detalhe. As guitarras de Lust Kilman erguem-se como fragmentos melódicos, talhados como grandes totens em cada composição, sustentadas pelas linhas de baixo densas de Nekroman e pela precisão meticulosa da bateria de Spektre.

Como poderás comprovar no streaming, neste regresso às edições os GAAHLS WYRD não se prendem a géneros, deixando-se guiar por um propósito profundo e quase místico, que dá origem a uma obra que promete seduzir tanto os seguidores mais fiéis do projecto como novos ouvintes à procura de algo mais do que música: uma experiência sensorial e subconsciente que ressoa para lá do visível. Oficialmente, os colossais três quartos de hora de «Braiding The Stories» chegam só amanhã, mas já prometem entrelaçar histórias, sonhos e medos num só fio sonoro. Os formatos físicos estão disponíveis aqui.