ALICE IN CHAINS

ALICE IN CHAINS Os diários perdidos de LAYNE STALEY vão ser publicados em Novembro

Uma colecção inédita de escritos, letras e arte da voz original dos ALICE IN CHAINS promete lançar nova luz sobre a mente e a alma do ícone.

A vida e a arte de Layne Staley, vocalista dos ALICE IN CHAINS, sempre estiveram envoltas em mistério e melancolia. Agora, mais de duas décadas após a sua morte, os fãs terão a oportunidade de conhecer um lado ainda mais íntimo do cantor. No dia 11 de Novembro de 2025, a editora Weldon Owen, um selo da Insight Editions, vai lançar This Angry Pen: The Lost Journals Of Layne Staley, uma colectânea de diários, letras manuscritas, poemas e ilustrações que oferecem um vislumbre inédito da mente criativa de um dos grandes nomes do rock alternativo.

O livro promete ser um mergulho profundo no universo pessoal da voz original dos ALICE IN CHAINS, e, segundo se lê no comunicado de imprensa disponibilizado pelos livreiros, revela “as suas reflexões mais íntimas através de notas, desenhos e pensamentos dispersos ao longo dos anos“. Para além do material produzido pelo próprio músico, a publicação inclui também fotografias raras e homenagens de fãs, reflectindo a devoção de uma comunidade que, mesmo após a sua morte, continua a celebrar o seu legado.

A voz de Layne Staley é uma das mais reconhecíveis da cena de Seattle dos anos 90, com uma intensidade emocional que marcou profundamente o som dos ALICE IN CHAINS. Canções como «Man In The Box», «Rooster» e «Down In A Hole» evidenciam a profundidade das suas letras, frequentemente assombradas por temas de dor, isolamento e dependência. O lançamento de This Angry Pen: The Lost Journals Of Layne Staley poderá fornecer novas camadas de interpretação à sua obra, permitindo que os admiradores entendam melhor as origens da sua criatividade.

Além dos seus escritos e letras, o livro também destacará o talento visual de Staley, que era um artista prolífico. Os seus desenhos e esboços, que muitos fãs conhecem apenas de fragmentos espalhados pela internet, serão finalmente apresentados de forma mais abrangente. Cada traço e palavra contidos nos seus cadernos são mais um testemunho do seu olhar sensível e torturado sobre o mundo.

Nascido a 22 de agosto de 1967, em Kirkland, Washington, Layne Staley começou a sua jornada musical como baterista, antes de perceber que a sua verdadeira vocação estava na voz. O seu encontro com Jerry Cantrell, em 1987, foi o ponto de partida para a formação dos ALICE IN CHAINS, banda que, após um início ligado ao glam metal, encontrou a sua identidade no movimento grunge, tornando-se uma das mais importantes exportações musicais de Seattle.

O percurso do grupo foi marcado por sucessos esmagadores e momentos de introspeção, reflectidos em álbuns como «Dirt» e «Jar of Flies», que capturaram tanto a força do rock pesado quanto a delicadeza da vulnerabilidade emocional. No entanto, à medida que a popularidade da banda de Seattle crescia, também aumentavam os problemas pessoais de Staley. A sua luta contra a dependência química acabou por afastá-lo do olhar público nos últimos anos da sua vida, culminando na sua morte trágica a 5 de Abril de 2002.

Durante esses anos finais, o vocalista isolou-se, tornando-se uma figura enigmática e quase inacessível. O facto de o seu corpo só ter sido encontrado duas semanas após a sua morte reforçou a imagem de um artista que, apesar da sua influência e do carinho dos fãs, terminou os seus dias na solidão. Desde a sua morte, o nome de Layne Staley tem sido mantido vivo pelos seus companheiros de banda, pela sua família e pelos seus seguidores dedicados. Os ALICE IN CHAINS regressaram em 2006 com William DuVall no lugar de vocalista, conseguindo renovar a sua identidade sem apagar a marca deixada por Staley.