ALEXI LAIHO

ALEXI LAIHO [08.04.1979 — 29.12.2020]: Uma trágica história feita de muito talento, guitarras e riffs

Ao longo de uma carreira curta, mas brilhante, ALEXI LAIHO provou ser altamente influente em toda uma nova geração de guitarristas.

Em 2011, os leitores da revista Total Guitar elegeram ALEXI LAIHO como o maior guitarrista de todos os tempos, à frente de Tom Morello, dos RAGE AGAINST THE MACHINE, e até da lenda “Dimebag” Darrell. Embora o finlandês, que infelizmente morreu aos 41 anos, não fosse tão conhecido quanto outros dos seus pares fora dos círculos do metal, a votação chegou para provar o seu reconhecimento entre os aficionados e a influência duradoura da sua banda, sem dúvida a maior proposta de metal finlandesa da sua época.

Goste-se muito ou pouco do que faziam, a verdade é que, com ALEXI LAIHO como principal alicerce, os CHILDREN OF BODOM eram um turbilhão musical imparável. Quem o conheceu sabe que era um daqueles pequenos demónios brincalhões, sempre pronto a fazer asneira e a beber tudo o que lhe punham à frente, amigo do seu amigo, sempre disposto a ajudar — sem suma, tipicamente finlandês. E prodigiosamente talentoso, também.

ALEXI LAIHO fundou a sua primeira banda, os INEARTHED, quando tinha apenas 13 anos, e começou a trabalhar na estreia dos CHILDREN Of BODOM, o muito aplaudido «Something Wild», quando tinha 17, estabelecendo-se com rapidez como um guitarrista temível. Numa época em que tanto o grunge como o nu-metal tinham sufocado a ideia do virtuoso herói da guitarra, os seus solos sempre mostraram uma raça rara. Além disso, a sua arrogância juvenil deu ao seu jeito de tocar uma personalidade vincada a combinar com a sua habilidade técnica, e Alexi provou ser altamente influente em toda uma nova geração de guitarristas.

Os primeiros quatro álbuns dos CHILDREN OF BODOM — o supra citado «Something Wild», «Hatebreeder», «Follow The Reaper» e «Hate Crew Deathroll» — tornaram a banda enorme em toda a Europa, e após o sucesso deste último, acabaram por elevar o seu estatuto no Reino Unido e nos Estados Unidos, transformando-os num fenómeno à escala global.

Por essa altura, na Finlândia, a sua terra natal, há muito que o seu contagiante equilíbrio perfeito entre agressão, melodia, virtuosismo e refrões orelhudos os tinham tornado líderes das tabelas de vendas. Mesmo assim, neste período, ALEXI LAIHO ainda encontrou tempo para criar os SINERGY, com quem fez três álbuns de metal electrizante, e para tocar com os conterrâneos IMPALED NAZARENE, com os quais gravou um só disco, «Nihil», em 2000.

Parece incrível, mas a passagem mais recente dos CHILDREN OF BODOM por Portugal já aconteceu há mais de uma década. Corria então o ano de 2013, quando o quinteto a protagonizou dois concertos electrizantes no Paradise Garage, em Lisboa, e no Hard Club, no Porto. Na altura ninguém o sabia, mas infelizmente esses foram mesmo os últimos concertos que deram por cá, uma vez que não mais regressaram a solo luso até, em Dezembro de 2019, terem anunciado que a banda tinha acabado e ALEXI LAIHO continuaria a sua carreira sob uma designação diferente, BODOM AFTER MIDNIGHT.

E sim, as suas últimas gravações foram lançadas postumamente, mas não há como não sentir um travo amargo na boca por sabermos que nunca o veremos tocar essas canções, com o pé no monitor e a guitarra Flying-V apoiada nos joelhos, enquanto “saca” mais um daqueles solos arrepiantes.

Talvez por isso, em Setembro de 2021, a ESP Guitars anunciou novos modelos com a assinatura do falecido ALEXI LAIHO. Como a ROMA INVERSA explicou aqui, os modelos ‘Alexi Ripped’ e ‘Alexi Hexed’ chegaram em versões LTD e ESP Custom Shop; o primeiro também numa versão E-II. As guitarras começaram a ser desenvolvidas com a contribuição de Laiho mais de um ano antes da sua morte. “Ele estava muito entusiasmado com os novos modelos”, referiu em comunicado Tony Rauser, o Director of Artist Relations da ESP.

Estas guitarras são os primeiros novos modelos na série de assinaturas do guitarrista desde 2013. A ‘Alexi Ripped’ é o primeiro dos modelos com assinatura do guitarrista a apresentar mais do que um pickup, com um humbucker EMG HZ F-H2 na ponte e um single-coil EMG HZ S2 no braço. A guitarra tem um design neck-through com corpo em alder e braço (de perfil U) em maple. A escala é de ébano e é escalpada entre o 19º e o 24º traste.

As versões de E-II e ESP Custom Shop têm em grande parte as mesmas características, embora esta última seja construída artesanalmente.locking tuners Gotoh, fstrap locks ESP, uma ponte Floyd Rose Original e um switch ESP MM-04 com boost para o circuito activo. Entretanto, a versão LTD possui afinadores Grover, ponte Floyd Rose 1000 e um switch de três vias. É construída na fábrica da ESP no Japão em torno de um único EMG HZ F-H2 (humbucker passivo).

Diz a marca que o modelo ‘Alexi Hexed’ proporciona “uma excelente presença e clareza com uma resposta incisiva”. Este modelo também tem corpo em alder, um braço maple (de três peças) e escala em ébano parcialmente escalopada. A versão LTD possui afinadores Grover e ponte Floyd Rose 1000 double locking, enquanto que a versão ESP Custom Shop tem afinadores de bloqueio Gotoh, strap locks ESP, ponte Floyd Rose Original e também o switch ESP MM-04 com boost para o circuito activo. Mais detalhes na ESP.