Em alguns quadrantes, os BEHEMOTH aparentemente ainda são considerados demasiado extremos — até quando querem ajudar.
É sabido que os BEHEMOTH têm uma história bastante complicada com as instituições polacas, mas este capítulo mais recente parece especialmente parvo. A banda de metal extremo liderada pelo carismático Adam “Nergal” Darski, que há não muito tempo até foi julgado (e absolvido) depois de uma acusação por blasfémia, começou recentemente a vender ursinhos de peluche pretos na sua loja virtual e a intenção era clara desde o início, com os músicos interessados em doarem a 100% dos lucros à divisão polaca da UNICEF.
Pois bem, o grupo juntou o dinheiro, tentou doá-lo através de um programa específico da UNICEF e viu o seu pedido recusado devido “à natureza das mensagens que acompanham os produtos que vendem“. Ou, por outras palavras, a divisão polaca da UNICEF não gostou da ideologia dos BEHEMOTH e decidiu que a quantia amealhada pela banda não era suficiente boa para ajudar. Isto porque, como é óbvio, as crianças carentes e necessitadas estão realmente importadas com o facto da imagética adoptada pelo colectivo se inclinar mais para o satanismo do que para outra coisa qualquer.
“No que toca à nossa doação dos lucros acumulados com a venda dos ursinhos para a UNICEF Polónia, nós queríamos fazer isso e participar numa acção de caridade apelidada ‘empresa com coração’, mas as coisas não correram bem como eu estava à espera“, escreveu o responsável pela loja online dos BEHEMOTH no Instagram. “Que vergonha, UNICEF Polónia. Estou totalmente sem palavras. Vocês querem REALMENTE ajudar as crianças? Felizmente, existem algumas outras organizações que vão aceitar este dinheiro.“
Anexa a essa publicação está a resposta enviada à banda pela UNICEF, onde pode ler-se: “Muito obrigado pelo vosso interesse na nossa organização e pela vossa vontade em participar no programa ‘Empresa com Coração’. Segundo o regulamento, cada entidade candidata a este programa está sujeita a uma verificação quanto a riscos potenciais relacionados com o estabelecimento de cooperação. Infelizmente, temos de vos informar que, devido à natureza das mensagens que acompanham os produtos que vendem, não podemos qualificá-los para participarem neste programa específico.“