Os californianos WILL HAVEN, uma das bandas mais… “discretamente influentes” (chamemos-lhe assim) das últimas décadas, especialmente para quem se situa ali naquele cantinho escuro onde o metal, o noise rock e o hardcore da mais fina qualidade se interceptam, acabaram de lançar um novo documentário sobre o estado actual do projecto, que já pode ser assistido na íntegra aqui nesta mesma página. É um documento riquíssimo tanto para fãs de longa data como para recém-convertidos, até porque antecipa um período que se prevê de grande azáfama, depois de alguns anos de relativo sossego depois do lançamento do último «Muerte». Os autores do lendário «El Diablo» de 1997, um dos álbuns mais marcantes dos 90s, estão neste momento metidos no sugestivamente intitulado estúdio Pus Cavern, em Sacramento, a terminar o novo trabalho – o sétimo da sua carreira – com o produtor Joe Johnston, com data de lançamento prevista para a segunda metade do ano através da Minus Head Records. Para além disso, já há algumas datas marcadas, e certamente que o calendário vai começar a “engordar” com o tempo, e após a edição do álbum.
«Foreign Films II», assim se chama o documentário, continua o primeiro volume, e foca-se na reunião da banda na passada década e na criação de «Muerte», que foi também o seu primeiro álbum para a actual editora. Foi realizado por David Owen Blackley da Her Name Is Murder Productions, e inclui tanto capturas de actuações furiosas como entrevistas intimistas com todos os membros da banda, ficando bem patente não só a paixão que têm pela sua música, como também pelos fiéis fãs que ajudaram a manter o estatuto de “banda de culto” mesmo durante os anos de inactividade. O guitarrista Jeff Irwin diz que “estou muito excitado por finalmente partilharmos o documentário. Adoro-o porque tem o mesmo feeling do anterior documentário, mas é uma versão muito mais madura de nós que está a reviver a história da banda. Já o vi algumas vinte vezes e continuo a encontrar coisas que não tinha reparado antes. […] Acho que é um documentário muito bom para os fãs aprenderem mais sobre a banda e sobre a nossa trajectória maluca dos últimos 25 anos. O meu conselho é sentarem-se confortavelmente, aumentarem o som, a apreciarem a viagem!“