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Em 2023, as vendas de vinil continuaram a crescer a olhos vistos

Feitas as contas, e ainda com dois meses pela frente até ao final do ano, os LPs continuam em alta e, até agora, as vendas de discos em vinil já registaram um aumento de mais de 15%.

Segundo dados divulgados pela Music Week, apesar dos preços exorbitantes que fazem com que cada vez mais o formato seja visto como um luxo, as vendas de LPs já superaram um crescimento de 12,4% registado apenas no primeiro semestre de 2023. No terceiro trimestre, esse número cresceu ainda mais um pouco, atingindo 15,1%, acumulando um total de cerca de 1,2 milhões de cópias vendidas.

Recorde-se que, em 2022, as vendas de vinil tiveram um aumento pouco mais que modesto, registando-se um crescimento de apenas 2,9% relativamente ao ano anterior. No entanto, segundo dados da British Phonographic Industry, com um total de 3,9 milhões de álbuns vendidos em LP só até ao final do mês de Setembro de 2023, já se registou um aumento significativo de 13,2% apenas nos nove primeiros meses deste ano.

Essa subida pouco terá a ver com as franjas mais extremas da música, devendo-se sobretudo a artistas de peso, mas da música pop, como Blur, Lana Del Rey e Taylor Swift. Até agora, o maior lançamento em LP de 2023 foi «Did You Know That There’s A Tunnel Under Ocean Blvd», da Sra. Del Rey, que vendeu umas impressionantes 33.568 cópias desde Março; a seguir está «Speak Now (Taylor’s Version)», de Swift, com 29.649 cópias vendidas; em terceiro, surgem os britânicos Blur com «The Ballad Of Darren», que vendeu 26.894 cópias.

Com 2023 a caminhar para o fim, ainda há um Record Store Day pela frente e grandes lançamentos por editar, como o álbum novo dos Rolling Stones, que tem tudo para aumentar ainda um pouco mais as vendas totais de vinil deste ano.

Importa referir ainda que, se os LPs estão vender cada vez mais, os CDs continuam a ir de mal a pior: só em 2023 caíram 6,3% em relação ao ano anterior. Por seu lado, os serviços de streaming, para surpresa de absolutamente ninguém, continuam a ser a principal forma de consumir música na actualidade, e já representam 88,5% do mercado.