TOOL

TOOL: YouTuber toca a discografia toda numa só sessão de 7 horas e meia [vídeo]

Sete horas, vinte anos de música e uma bateria que nunca parou: o feito que deixou os fãs dos TOOL incrédulos. O norte-americano Tyler Visser tocou todas as canções de seguida, num único ‘take’ — uma performance que já se tornou viral no YouTube.

Tocar uma única canção dos TOOL é, para qualquer baterista, um teste de técnica, precisão e paciência. As composições intrincadas e o trabalho rítmico labiríntico de Danny Carey transformaram a banda norte-americana liderada por Maynard James Keenan num dos grandes nomes do rock progressivo moderno. Mas o que será que acontece quando alguém decide tocar TODAS as músicas da banda… sem parar, e sem repetir tentativas?

Foi precisamente isso que fez Tyler Visser, um baterista de apenas 19 anos, natural dos Estados Unidos, que subiu ao topo das tendências do YouTube após publicar um vídeo de sete horas e meia em que executa, de uma só vez, toda a discografia dos TOOL. O vídeo, que soma já centenas de milhares de visualizações, mostra o músico a mergulhar num desafio de resistência física e mental quase sobre-humano, que muitos fãs descrevem como “uma homenagem épica à arte de Danny Carey”.

Como podes comprovar no player em baixo, a façanha de Visser não é apenas um acto de dedicação — é uma maratona técnica. Durante sete horas e meia, o baterista percorreu toda a discografia dos TOOL, dos primeiros temas de «Undertow» e «Ænima» até às longas e hipnóticas composições do «Lateralus» e do «Fear Inoculum». No total, tocou todas as músicas com partes de percussão conhecidas, deixando de fora apenas as raridades «Sweat» e «Disgustipated», excluídas por questões de direitos de autor.

O resultado é um vídeo monumental, registado praticamente sem pausas, em que o baterista mantém um controlo impressionante sobre tempos complexos e métricas ímpares — elementos que são a marca registada do som dos TOOL. Em várias secções, é possível ver o esforço físico a acumular-se. Ainda assim, Visser mantém-se surpreendentemente estável, com um utilizador a comentar: “Imaginem tocar um tema como «Pneuma» após seis horas a tocar TOOL. Isso dá uma ideia do quão absurdo é este desafio.”

Na descrição do vídeo, Tyler Visser explica o que o levou a tentar o que muitos considerariam impossível. “Esta é a minha tentativa de tocar toda a discografia dos TOOL num só take. Quero agradecer à minha família e amigos pelo apoio incansável, e a todos os que partilharam esta experiência comigo. Ganhei uma nova admiração pelo trabalho composicional de Danny Carey e dos TOOL. Embora não lhes faça total justiça, aprendi a importância de seguir em frente depois dos erros. Gostava de poder corrigir algumas coisas, mas sinto-me realizado por ter conseguido concretizar algo que começou apenas como uma ideia.”

A declaração reflecte não só o respeito que o jovem tem pelos TOOL e por Danny Carey, como também a consciência de quem encara a música como uma prova constante de superação. Carey, conhecido pelo seu uso de polirritmos, assinaturas de tempo incomuns e combinações de eletrónica e percussão tribal, é frequentemente apontado como um dos bateristas mais complexos e criativos do rock contemporâneo. Para muitos músicos, recriar uma única faixa dos TOOL com fidelidade já é motivo de orgulho; reproduzir todas, sem interrupção, é quase um feito atlético.

Para evitar qualquer dúvida sobre a autenticidade da gravação, Visser publicou também uma segunda versão do vídeo, com um ângulo de câmara adicional focado nos pedais do bombo e no trabalho de pés. A sincronização entre ambas as gravações reforça que a performance é genuína, sem cortes nem truques de edição. E como é óbvio, a proeza rapidamente despertou o entusiasmo da comunidade de fãs e de músicos. Nos fóruns dedicados aos TOOL, muitos destacaram a resistência e a consistência do jovem, e alguns chegaram mesmo a sugerir que Danny Carey deveria reagir ao vídeo.

Até ao momento, os TOOL ainda não se pronunciaram, mas o gesto pode ser visto como uma espécie de homenagem espontânea e autêntica — um testemunho do poder inspirador que continuam a exercer nas novas gerações. Enquanto isso, MJK e companhia preparam-se para mais um capítulo. Desde a edição de «Fear Inoculum», em 2019, os fãs aguardam impacientemente por novas composições.

Em declarações recentes, o guitarrista Adam Jones revelou que o grupo vai “mergulhar a fundo em novo material muito em breve”, acrescentando que tem “muitos riffs prontos”. A banda vai continuar em digressão até ao final de 2025, com destaque para os concertos no Havai — os primeiros em quase quinze anos — marcados para Dezembro. Segundo Jones, a intenção é regressar ao estúdio após essa ronda de datas, com vista a um novo álbum.

Para uma geração criada em fragmentos e vídeos curtos, a façanha de Tyler Visser é quase um manifesto: a paciência, a dedicação e o respeito pela música ainda podem vencer o algoritmo.