Christofer Johnsson, o líder dos THERION, revelou que a próxima digressão vai ser um adeus aos fãs em diversos países — e Portugal está incluído na lista. Os pioneiros do metal sinfónico, regressam ao Porto e a Lisboa em Março.
Os THERION são um dos nomes mais criativos e aplaudidos no espectro do metal de pendor sinfónico e afirmaram-se desde cedo como um dos projectos mais criativos da sua geração. Mais de três décadas após terem dado os primeiros passos, continuam a manter a vitalidade e, em 2024, na sequência de uma actuação explosiva na edição deste ano do Milagre Metaleiro Open Air, vão regressar à estrada para uma digressão europeia que passa pelo Porto e por Lisboa nos dias 1 e 2 de Março, respectivamente.
Até aqui, nada de novidades. No entanto, segundo uma publicação de Christofer Johnsson, o timoneiro dos THERION, na sua conta oficial do Facebook, a próxima digressão da banda pode consistir na última oportunidade para os fãs de alguns países europeus os verem ao vivo. Num longo texto, Johnsson revela que, daqui para a frente, os músicos vão tocar apenas em países onde seja financeiramente viável fazê-lo.
Como nota o Metal Global, dificilmente a banda irá voltar aos Estados Unidos, mas o líder dos THERION garante que os planos passam por actuar com regularidade na America Latina, onde, recentemente, fez um concerto com orquestra perante 11 mil pessoas. “Isto significa que, na Europa, também vamos reduzir muito [o número de espectáculos] no futuro. Não termos nenhum concerto no Reino Unido e apenas um em França na próxima digressão é um indicador“, explica o músico.
E eu também diria que, sem a França no caminho, pode não valer a pena ter quatro dias de viagem para descer e voltar para a Espanha e Portugal. Também pode acontecer que não fazermos mais digressões nos Balcãs, pelo menos não com a frequência de antes. Em 2018, fizemos 57 concertos impressionantes em toda a Europa. Desta vez, fazemos 30. Da próxima, talvez façamos 15 ou 20.”
“O que estou a dizer é que não podem dar a banda como garantida na Europa no futuro (a menos, claro, que vivam na Polónia ou na Holanda, possivelmente)”, conclui o mentor dos THERION. “Em alguns sítios esta digressão será um concerto de despedida, noutros poderá significar que pelo menos não voltaremos durante muito tempo.“
Senhores de uma das carreiras mais ilustres de que há memória recente no mundo da música pesada underground, os THERION parecem ter conquistado todas as montanhas que havia para escalar e, nos dezasseis álbuns que gravaram no período entre 1991 e 2018, cobriram uma vasta gama de sons e temáticas conceptuais, da magia esotérica à mitologia nórdica. Há cinco anos, acabaram por lançar o seu disco mais ambicioso até à data, com o épico «Beloved Antichrist» a afirmar-se como uma ópera rock em escala real que se estendeu por mais de três horas.
Isso deixou o estratega criativo dos THERION com um desafio natural para resolver e o músico decidiu seguir na direção exatamente oposta e criar um álbum de ‘hits’. Sempre apostado em desafiar-se e explorar novos caminhos, embora permanecendo fiel aos seus valores musicais, Johnsson criou algo que há uns anos teria sido impensável, apostando na sua fórmula de grande sucesso, que mistura a força do metal com a grandiosidade da música clássica.
Os bilhetes para os espectáculos dos THERION em Portugal podem ser adquiridos em pré-venda pelo valor de 26€, via Unkind.pt e nas lojas Carbono, Piranha e Bunker Store. A partir do dia 1 de Fevereiro, este valor sofre um acréscimo de 2€.