THE CULT

THE CULT: “Somos como o Benjamin Button”, diz IAN ASTBURY [vídeo]

Os lendários THE CULT vão celebrar 40 anos de carreira no CA VILAR DE MOUROS.

Após terem estado por cá em Julho, para concertos no Coliseu do Porto e no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, os britânicos THE CULT regressam ao nosso país e hoje, 22 de Agosto, encabeçam o festival CA VILAR DE MOUROS. Esta terceira data por cá no espaço de poucos meses surge inserida na The 8424 Tour, que comemora quatro décadas de carreira da do grupo britânico e o alinhamento deste concerto promete canções de todos os álbuns da banda liderada por Ian Astbury e Billy Duffy, com os músicos a fazerem uma retrospectiva da sua brilhante carreira.

Estamos a passar por uma renascença“, disse recentemente o cantor dos THE CULT numa nova entrevista ao programa Linea Rock. “É como se tivéssemos acertado o relógio. Ninguém nos disse que podíamos fazer isto. Isto não está nos manuais de muitas bandas. Muitas delas continuam e chegam aos maiores êxitos e depois ficam gordos e velhos e morrem ou o que quer que seja… Para nós, é diferente. Nós somos como o Benjamin Button.”

Agora temos o Charlie Jones a tocar baixo connosco“, continuou ele. “Entrou antes da gravação do álbum «Under The Midnight Sun», de 2022, e, de repente, parece que nos tornámos uma banda diferente. De certa forma, sinto que estamos rejuvenescidos. E a paixão — há tanta paixão por esta banda. Tanto por parte dos fãs como de nós póprios… Olhamos uns para os outros com paixão. Não ficamos aborrecidos porque temos de tocar esta ou aquela música outra vez. Há paixão. É visceral.

Astbury falou também sobre a tarefa de continuar a interpretar as canções que garantiram aos THE CULT o estatuto de ícones da música rock. “Bem, algumas músicas são um fardo, mas seguem-nos para todo o lado“, explicou o cantor. “Para mim, a «Fire Woman» é uma canção bem estranha… É como um fardo. Por um lado, foi um enorme sucesso e todos pensam que os THE CULT são isso. No entanto, se pensarmos na «She Sells Sanctuary» ou na «Honey From A Knife», são temas mais sombrios, o que acaba por ser muito interessante.

Afinal. o que é um êxito?” questionou retoricamente o frontman dos THE CULT. “Há músicas que ressoam devido à essência, e que podem não ter tido grande sucesso comercial. Nós tanto tocamos canções que são muito populares como canções que as pessoas não conhecem. No entanto, a visceralidade e a emoção estão sempre lá, isso é o espírito que impulsiona a banda, a química que nos faz seguir em frente. E só nós quatro conseguimos criar esse momento emocional que milhares de pessoas podem experienciar.” Podes ouvir a entrevista na íntegra no player em baixo.