Carpenter aceitou revelar todos os truques e segredos do tema-título de «Around The Fur», o muito aplaudido segundo álbum dos DEFTONES.
Se a pandemia serviu para alguma coisa foi, certamente, para nos dar conteúdos que, provavelmente, os músicos nunca teriam tempo (ou paciência) para disponiblizar se não fossem forçados a ficar fechados em casa. Case in point, o Stephen Carpenter, guitarrista dos DEFTONES, andou a gravar periodicamente ‘playthrough’ vídeos de alguns dos temas-chave da banda californiana, que os andou a partilhar na sua conta oficial do YouTube. No que repescamos hoje, e que está disponível ali em baixo, atirou-se ao tema-título de «Around The Fur», o muito aplaudido álbum de 1997 assinado por Chino Moreno e companhia.
Ao longo das últimas duas décadas, os DEFTONES transformaram-se num dos nomes maiores da música de peso, construindo uma carreira sólida e intocável, sobretudo quando comparado com a maior parte dos seus contemporâneos. Originalmente editado a 28 de Outubro de 1997, o incontornável «Around The Fur» foi, sem margem para dúvidas, um dos lançamentos mais marcantes do quinteto oriundo de Sacramento, na Califórnia, e permitiu-lhes chegar a um público incrivelmente vasto, em plena explosão do fenómeno nu-metal.
“O «Around The Fur» continua a ser um dos meus favoritos de todos os álbuns que fizemos“, disse-nos Chino Moreno numa das últimas passagens do grupo pelo nosso país. “Porquê? Simplesmente porque, após termos feito o «Adrenaline»… Enfim, o disco até gozou de algum sucesso, mas pessoalmente nunca fiquei satisfeito com o que tínhamos feito. A cena das letras sempre me incomodou. Agora brinco com isso, mas foi algo a que devia ter dado mais atenção.”
“Tendo em conta que tínhamos trabalhado com o Terry Date, devíamos ter feito melhor”, continuou ele sem papas na língua. “Nesse sentido, o «Around The Fur» representava uma segunda oportunidade de provarmos aquilo que realmente valíamos e não a podíamos desperdiçar. O plano sempre foi dar um passo em frente e, apesar de ainda conter muita agressividade, foi esse o disco que abriu a vertente mais melódica da nossa música. É um álbum muito dinâmico.“