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SPOTIFY: Investigação revela que há gangsters suecos a “lavar” dinheiro através da plataforma

Tendo em conta a miséria que o SPOTIFY paga aos artistas, devem “lavar” frações de um centavo de cada vez!

Uma equipa do jornal sueco Svenska Dagbladet apurou recentemente que há gangsters a usar o Spotify para “lavar” dinheiro. A reportagem revela que há organizações criminosas a usar fundos provenientes da sua actividade ilegal para, durante os últimos anos, pagarem por streams falsos de música assinada por artistas afiliados a gangues. Como é fácil perceber, a manobra serve para inflacionar artificialmente os números (e ganhos) dos artistas — o que é obra, sobretudo se tivermos em conta os míseros royalties pagos pela plataforma —, que podem depois ser usados para financiar actividades criminosas.

Segundo a reportagem, os criminosos estão a usar uma variedade de técnicas para atingirem o objectivo de converter o seu dinheiro sujo em bitcoin e, de seguida, usar a criptomoeda para pagar às pessoas que vendem streams falsos no Spotify. Aparentemente, esses métodos parecem ser bastante comuns na cena sueca de “gangster rap”.

Actuamente, o uso de plataformas streaming para “lavagem” de dinheiro e os streams fraudulentos são um problema crescente e um tema delicado na indústria musical. Recentemente foram mesmo alvo de um novo acordo firmado entre o serviço de streaming Deezer e a maior editora do mundo, a Universal Music Group. Esse acordo fez com que a plataforma prometesse trabalhar num “sistema de detecção de fraude mais rígido”, ao mesmo tempo que admitia que, segundo o sistema de detecção existente, cerca de 7% de seus streams em 2022 tinham sido “fraudulentos”.

O Spotify, por seu lado, afirma que o seu número comparável é muito menor, mas a história do Svenska Dagbladet já está a causar repercussões mais amplas na indústria e parece inevitável que, à medida que o mercado continua a crescer, as autoridades responsáveis pela aplicação da lei, a indústria musical e os serviços vão mesmo ter de trabalhar em conjunto para tornar esta opção menos atraente para os criminosos.