SLIPKNOT

Os SLIPKNOT vão vender o fundo de catálogo por 120 milhões de dólares

Os SLIPKNOT estão prestes a concretizar um negócio histórico, que envolve a cedência de todos os seus direitos de edição e royalties, mas mantém intacto o futuro criativo da banda de Des Moines.

Segundo avançado pela Billboard, os SLIPKNOT estão prestes a fechar um dos maiores negócios da sua carreira: a venda de todo o fundo de catálogo musical, avaliado em cerca de 120 milhões de dólares. O acordo, que já foi finalizado ou está agora em fase de conclusão, envolve a cedência de todo o publishing e também dos royalties das gravações da banda do Iowa à empresa de investimento HarbourView Equity Partners.

Tendo em conta as escassas informações disponíveis, a transação abrange apenas o catálogo já existente da banda, não incluindo os seus futuros lançamentos. Ou seja, os músicos norte-americanos vão vender o conjunto de discos que moldou a sua identidade sonora e visual ao longo de mais de duas décadas, que passa a ser propriedade de terceiros, mas os SLIPKNOT mantêm toda a liberdade para criar e editar novo material no futuro.

A dimensão financeira do acordo ganha mais relevo quando se analisam os números que sustentam esta operação. Tendo por base dados de streaming e outros indicadores, a Billboard estima que a música dos SLIPKNOT gerou, durante os últimos três anos, uma média anual de 15,5 milhões de dólares em vendas provenientes de gravações, e mais 5,2 milhões de dólares por ano em receitas de publishing. Isto significa que, dependendo do número de membros do grupo envolvidos directamente na venda, o valor acordado corresponde a uma multiplicação entre 13,5 e 20 vezes o seu rendimento anual — um rácio considerado muito elevado no mercado da compra e venda de catálogos musicais.

Este tipo de transações tem-se tornado cada vez mais frequente na indústria discográfica, com artistas e bandas de diferentes géneros a optarem por monetizar os seus direitos num só pagamento, garantindo liquidez imediata e transferindo para investidores a tarefa de gerir a exploração comercial das suas obras. No caso dos SLIPKNOT, esta operação surge num momento de forte simbolismo histórico: a banda ainda anda a celebrar o 25.º aniversário do seu álbum homónimo de estreia, lançado em 1999.

Para assinalar a data, o grupo irá lançar uma edição comemorativa de luxo — uma caixa especial com 59 faixas, incluindo 40 gravações inéditas, que prometem oferecer aos fãs uma perspectiva sobre a génese e a evolução do projecto. Paralelamente, haverá reedições independentes do disco original, reforçando o papel central que este trabalho desempenhou na consolidação do fenómeno SLIPKNOT a nível global.

O impacto deste álbum na viragem do milénio foi colossal, ajudando a redefinir o metal contemporâneo com a sua mistura de agressividade sonora, intensidade rítmica e estética mascarada. Agora, mais de um quarto de século depois, os SLIPKNOT não só revisitam as raízes como reconfiguram o futuro financeiro e editorial, garantindo um legado sólido no presente e novas possibilidades para a sua trajectória criativa daqui para a frente. Seja pela dimensão monetária, pela relevância artística ou pelo momento simbólico, este negócio marca uma nova fase na história dos SLIPKNOT — uma banda que, mesmo após vender o passado, mantém o controlo total sobre aquilo que está por vir.