Com o tom de incerteza em que o mundo vive actualmente em relação a tanta coisa, o entretenimento ao vivo até pode parecer secundário, mas os músicos não podem parar e estão a começar a pensar em alternativas para regressare à dita normalidade depois da anormalidade. Os SLIPKNOT, por exemplo, parecem estar a considerar seriamente a hipótese de voltaram à acção com alguns espectáculos mais intimistas, a remeter para muitos dos que fizeram antes de terem começado a encher pavillhões, estádios e campos por esse mundo fora. Apesar de ainda não terem cancelado a sua digressão agendada para este Verão, o que por esta altura já parece só uma formalidade, a maior parte dos países não vão reabrir grandes espaços tão cedo e as coisas vão acontecer lentamente. Será que isso pode dar uma oportunidade única aos SLIPKNOT?
O vocalista Corey Taylor foi entrevistado recentemente pelo Rock Feed e abordou os planos da banda do Iowa para os próximos tempos. Para começar, o músico, que acumula funções nos STONE SOUR, deixou claro que “não importa o que aconteça, vamos terminar este ciclo de digressões. Vamos tentar tirar o melhor proveito desta situação“. Portanto, caso cancelem, os músicos vão remarcar os espectáculos. Já depois de Corey ter explicado como antevê o regresso dos concertos, o Rock Feed sugeriu que os locais maiores serão os últimos a abrir, mas que reuniões menores — de 100, 150 pessoas — provavelmente vão acontecer primeiro. A questão: será que o músico consegue imaginar os SLIPKNOT como nove lunáticos num pequeno palco, a tocar em locais de lotação mais reduzida? “Acabaste de me dar uma enorme dor nas costas“, começou por responder Taylor entre risos, antes de adoptar um registo mais sério. “Não sei, talvez. Ajuda bastante quando a sala é bem grande, porque podemos encontrar todas as nossas merdas. Temos tanta coisa agora, que teríamos de ir ao Guitar Center e começar a encontrar outras merdas. Tipo, ‘Clown, pega nesse kit e transforma-o. Não, não podes cagar nele! [risos]’. Seria engraçado e… Na verdade, também seria uma loucura“.
“Há vários anos que falamos sobre fazer um espectáculo de retrocesso“, diz o músico. “E fazer um concerto a olhar para os primeiros tempos, mas em que também usamos o equipamento antigo. Mas isso é… Não sei, talvez se fossem poucos e distantes? Teríamos de garantir que poderia ser feito de forma segura, obviamente. Não apenas do ponto de vista do coronavírus, quero dizer que seria uma LOU-CURA. Mas, veremos. Seria insano.” Aqui deste lado, todos concordamos que ver uma banda do nível dos SLIPKNOT a tocar outra vez em clubes pequenos pequenos seria uma loucura, e a demanda por uma situação dessas, mesmo com a maioria das pessoas cautelosa em sair de casa, provavelmente seria um abuso. Duvidam? Então façam play no vídeo em cima e dêem uma vista de olhos à actuação recente da banda num estúdio da BBC, em Londres.
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