“Estamos no modo legado, o que, mesmo que eles não gravem mais discos ou façam digressões, representa muito trabalho“, diz um representante dos SLAYER.
Segundo declarações da equipa de produção dos SLAYER ao site Pollstar, a última digressão da banda californiana, a Final World Tour, que passou pelo VOA — HEAVY ROCK FEST em Julho de 2019, rendeu uns impressionantes mais de dez milhões de dólares apenas com a venda de merchandising. No mesmo artigo, percebe-se que os espectáculos também devem ter rendido bom dinheiro, com a data em Sacramento, na Califórnia, a fazer mais de 700 mil dólares.
Logo nessa altura, Kristen Mulderig, que trabalha para a Rick Sales Entertainment Group, garantiu que, mesmo depois da banda abandonar os palcos, o que ocorreu no dia 30 de Novembro de 2019, com um concerto no The Forum, em Los Angeles, ainda vai haver muito trabalho a fazer: “Estamos no modo legado, o que, mesmo que eles não gravem mais discos ou façam digressões, representa muito trabalho.“
Recorde-se que o metal foi apanhado totalmente de surpresa quando, no passado dia 21 de Fevereiro de 2024, os SLAYER anunciaram que vão reunir-se para alguns espectáculos em festivais, cinco anos depois de terem anunciado o final da banda e poucas semanas após as declarações contundentes do guitarrista Kerry King sobre os seus então ex-companheiros. A formação que vai voltar aos palcos é a mesma que esteve presente na despedida, ou seja, Tom Araya no baixo e voz, Kerry King e Gary Holt nas guitarras e Paul Bostaph na bateria.
Agora, numa nova entrevista com Anne Erickson da Audio Ink Radio, KERRY KING, que está actualmente em digressão com a sua banda homónima, foi questionado sobre se está ansioso para tocar novamente com os SLAYER e respondeu: “Não tenho estado com nenhum deles. Troco mensagens com o Gary Holt ocasionalmente, e o Paul Bostaph está sempre comigo, por isso estou ansioso para tocar novamente com o Holt, pois estivemos juntos cerca de 10 anos. No entanto, eu e o Phil Demmel estamos tão sólidos nestes concertos como o Gary e eu costumávamos estar nos SLAYER. Portanto, sim, estou ansioso sobretudo pela grandiosidade do palco. Estou ansioso para partir tudo.“
Quanto ao facto dos SLAYER estarem a fazer concertos novamente cinco anos após a conclusão daquilo que foi anunciado como sendo a última digressão da banda, KERRY KING acabou por não o dito por não dito. “Feitas as contas, não havia animosidade“, diz ele. “O Tom estava, simplesmente, farto. E, quando me disse que queria parar, achei que nem sequer valia a pena tentar convencê-lo do contrário porque, se tens de convencer alguém a fazer uma coisa, é porque o coração dessa pessoa não está nessa questão. Portanto, para mim, esse capítulo estava encerrado.
No entanto, um mês após termos terminado, claro que começaram a surgir propostas porque as pessoas pensam que tínhamos acabado. No entanto, o que abandonámos foram as digressões. Nunca dissemos que nunca mais íamos tocar juntos. Dissemos que aquela era a nossa última digressão’, e não acho que três concertos constituam uma digressão. Portanto, se quisermos ser técnicos, penso que estamos numa posição próxima da verdade.” Podes conferir a entrevista na íntegra.
Até ao momento, o mais recente lançamento dos SLAYER é uma curta-metragem, intitulada «Slayer: The Repentless Killogy», que estreou nos cinemas a 6 de Novembro de 2019 e foi acompanhada por um lançamento em LP e CD intitulado «The Repentless Killogy, Live At The Forum in Inglewood, CA». O último álbum de estúdio dos SLAYER, simplesmente «Repentless», foi lançado no dia 11 de Setembro de 2025, e marcou o primeiro lançamento do quarteto californiano sem o malogrado Jeff Hanneman.