Os SLIPKNOT já tinham deixado bem claro que o seu mais recente álbum, «The End, So Far» — o último do contrato com a Roadrunner — marca o encerramento de um capítulo e o início de uma fase novinha em folha para o colectivo de Des Moines. Agora, numa entrevista com o NME, o percussionista e membro fundador Shawn “Clown” Crahan diz que este novo capítulo pode bem centrar-se mais nos singles. Isto porque, como ele diz, “os álbuns vão ser uma coisa do passado“, porque “o produto físico está a tornar-se obsoleto“. “Sempre pensei como seria se os Slipknot fossem suficientemente grandes para não ficarem agarrados aos álbuns? Em vez de esperarem dois anos por doze canções, podíamos dar aos fãs uma canção por mês“, elabora o músico. “Portanto, na realidade, estaríamos a tirar um ano de espera e teríamos os mesmos resultados. É uma questão de virem connosco nesta viagem, mas o que prometo é que vai haver obras de arte a acompanhar estes temas, que vão passar por todos os filtros — pela banda, pelo Corey Taylor, por um profissional que vai fazer a mistura e a masterização. Não vamos cortar caminhos, vai ser tudo como habitual. E queremos fazer isto porque penso que está na altura de vocês, os fãs, terem acesso a tudo“. Crahan tem certamente razão, os singles têm vindo a ganhar tracção muito graças aos serviços de streaming e, embora isso não queira dizer que não haja por aí gente que continua a apreciara experiência de um álbum completo, o panorama em 2022 parece favorecer de facto muito mais os singles — mesmo que agora haja mais de 100,000 a chegar ao Spotify todos os dias.