SEPTICFLESH

SEPTICFLESH + EQUILIBRIUM + OCEANS + SCAR OF THE SUN @ LAV – Lisboa ao Vivo | 16.10.2024 [reportagem]

Acompanhados pelos SCAR THE SUN, OCEANS e EQUILIBRIUM, os SEPTICFLESH regressaram a Lisboa e protagonizaram uma noite de pura intensidade, que deixou a plateia completamente rendida.

O concerto dos SEPTICFLESH, ontem à noite, no LAV – Lisboa Ao Vivo, foi uma verdadeira celebração do death metal sinfónico, numa noite marcada por intensidade e actuações que foram crescendo ao longo da noite A abertura esteve a cargo dos compatriotas gregos SCAR OF THE SUN, que enfrentaram a difícil tarefa de aquecerem o público numa noite chuvosa. Com uma prestação sólida, a banda trouxe ao palco três temas do seu mais recente álbum, «Inertia», de 2021, destacando-se o tema-título, «Circle» e «Anastasis» numa actuação que, embora discreta, soube prender bem a atenção do público e prepará-lo para o que viria a seguir.

Os germânicos OCEANS subiram ao palco com uma energia imparável, apresentando o seu novo longa-duração, intitulado «Happy». O vocalista Timo Rotten foi o centro das atenções, dominando o palco com uma presença intensa e o set começou em força com «Parasite»,terminando de forma apoteótica com «The Awakening», mas a banda ainda teve tempo para um último ataque sonoro na forma da acelerada «Spit». A intensidade do concerto fez jus à reputação da banda alemã, deixando uma marca forte no público.

Seguiram-se os muito aguardados EQUILIBRIUM, que, após a sua passagem por Pindelo dos Milagres durante o Verão, voltaram a Portugal com a mesma energia contagiante. A banda alemã, agora com o novo vocalista Fabi, focou-se nos singles que tem lançado nos últimos dois anos. «Cerulean Skies» e «Gnosis» destacaram-se no alinhamento, enquanto o épico (literalmente) «Born To Be Epic» fez o público vibrarcom a sua melodia contagiante. Para encerrar, o sempre potente «One Folk/Nexus» consolidou uma actuação enérgica e cativante.

A noite pertenceu, no entanto, e sem qualquer dúvida, aos SEPTICFLESH. Os músicos gregos eram a banda mais aguardada da noite e entraram em cena logo com dois temas massivos do álbum «The Great Mass»: «The Vampire From Nazareth» e «Pyramid Of God», que abriram a actuação com uma força avassaladora. Embora o som pudesse ter estado mais nítido em certos momentos, a atmosfera densa e esmagadora criou um ambiente quase perfeito para a performance sombria e apocalíptica da banda.

A promover aquele que ainda é o seu mais recente álbum, «Modern Primitive», os SEPTICFLESH incluíram cinco temas do disco no alinhanento, com destaque para a poderosa «Hierophant» e para a épica «Coming Storm» – um temaque, como Spiros Antoniou explicou, tem como base a orquestração, sendo que a guitarra, o baixo e a bateria têm de tentar acompanhar a música, que está a ser tocada pela primeira vez ao vivo nesta digressão.

Outros momentos altos incluíram os clássicos «Prometheus» e «Persepolis», que incendiaram a sala com a sua grandiosidade sinfónica e brutalidade técnica. O encore trouxe a inevitável «Anubis», uma das faixas mais queridas pelos fãs, dedicada aos “irmãos” Moonspell, e a noite terminou em grande com a hipnotizante «Dark Art». No final, ficou a sensação de actuação memorável, em que os SEPTICFLESH reafirmaram o seu estatuto como uma das bandas mais impactantes do metal extremo.