SATYRICON

SATYRICON: O «Nemesis Divina» do início ao fim ao vivo no Graspop 2016 [pro-shot vídeo]

O clássico «Nemesis Divina» faz hoje anos! A 18 de Junho de 2016, os SATYRICON tocaram o álbum na íntegra no Graspop Metal Meeting — confere a actuação na íntegra em baixo.

Hoje liderados por Satyr (Sigurd Wongraven) e Frost (Kjetil-Vidar Haraldstad), durante as últimas décadas os SATYRICON tornaram-se um dos nomes mais bem sucedidos alguma vez saídos do movimento black metal norueguês. A banda deu os primeiros passos logo em 1990, ainda sob a designação Eczema, mas é claro que passou por uma série de mudanças na formação antes de se firmar com o nome actual no ano seguinte.

Foi com o seu núcleo duro ancorado no vocalista, guitarrista, baixista e teclista Satyr e no baterista Frost que os SATYRICON lançaram um implacavelmente sombrio álbum de estreia, intitulado «Dark Medieval Times», em 1994, com o igualmente selvagem «Shadowthrone» a chegar aos escaparates menos de um ano depois. Fortemente enraizados nos acelerados blastbeats, na atmosfera gélida e medieval que, nessa altura, eram tão prevalecentes no black metal tradicional norueguês, foi graças a esses dois lançamentos iniciais que marcaram a sua posição na cena underground.

No entanto, só com o «Nemesis Divina», que foi originalmente lançado a 22 de Abril de 1996, é que os SATYRICON asseguraram afectivamente um lugar nos livros de história da música extrema. Abrangente e épico em partes iguais, o terceiro longa-duração da banda oriunda de Oslo afirmou-se desde logo como um dos títulos quintessenciais do black metal dos 90s, num casamento perfeito de velocidade e de poder com complexidade e conteúdo emocional.

Ao longo de sete poderosos temas, mudanças de tempo, múltiplos riffs e o uso de sintetizadores e piano criam atmosferas que vão da luta ao triunfo, passando pelo horror e pela beleza. No entanto, é no facto de não permitirem que as coisas se tornem demasiado subtis que reside o maior trunfo dos SATYRICON aqui, com os riffs de Kvelduv (mais conhecido como Nocturno Culto — sim, dos DARKTHRONE) a dar o toque necessário de primitivismo aos temas e a bateria selvagem de Frost a conduzi-los com habilidade técnica impecável.

Em lançamentos subsequentes, e conforme as décadas foram progredindo, os SATYRICON trataram de se reinventar e evoluir, com os músicos a levarem a sua música ainda mais longe, quebrando fronteiras num exercício constante de desconstrução do que pode (ou deve ser) o black metal. Ainda assim, quase três décadas depois, o «Nemesis Divina» continua a ser um clássico por si só e, como podes comprovar no vídeo em baixo, nem a passagem do tempo alterou a importância vital destas canções.

ALINHAMENTO:

[00:46]​ 01. «The Dawn Of A New Age» | [09:05​] 02. «Forhekset» | [14:02]​ 03. «Du Som Hater Gud» | [18:51​] 04. «Transcendental Requiem Of Slaves» | [24:21]​ 05. «Immortality Passion» |
[32:35] 06.​ «Nemesis Divina» | [39:33]​ 07. «Mother North» |
[47:44]​ 08. «Black Crow On A Tombstone» | [52:17]​ 09. «Fuel For Hatred» | [57:53]​ 10. «K.I.N.G.»