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O novo álbum dos SAMAEL afirma-se como uma extensão de «Hegemony», mas com um toque consideravelmente mais pesado.

Após uma espera que, por esta altura, já dura sete anos, os SAMAEL estão finalmente prontos para lançar música nova. O sucessor de «Hegemony», de 2017, deverá ver finalmente a luz do dia em 2026, segundo declarações recentes de Michael “Vorph” Locher, vocalista e guitarrista da banda suíça, numa entrevista à Chaoszine. Por enquanto sem título revelado, o novo disco está praticamente finalizado, com os retoques finais entregues ao habitual perfeccionismo do irmão Xy, responsável pela composição e produção.

“O álbum está praticamente gravado. Está feito, mas o Xy continua a fazer alguns ajustes na edição”, disse Vorph. “Estamos também à procura de quem o misture. Queríamos começar a mistura em Janeiro, mas não aconteceu. Portanto, isso deve acontecer antes do verão, imagino eu, e depois vem a masterização. O nosso plano é lançar pelo menos uma canção ainda este ano e, muito provavelmente, o álbum no próximo. Não é definitivo, mas é esse o plano neste momento”.

Segundo o músico, o novo material manterá uma ligação forte com o álbum anterior, mas não será uma repetição. os SAMAEL pretendem aproveitar o espaço criativo que conquistaram ao longo dos anos para explorarem nuances distintas dentro do seu som característico. “O próximo álbum terá uma ligação muito forte ao «Hegemony», mas não é o mesmo”, explica o músico. “Tentamos tirar partido do facto de termos feito coisas diferentes ao longo dos anos. Há margem para as pessoas aceitarem que isto são os Samael… Portanto, tentamos aproveitar sepre essa margem”.

Para os fãs que aguardam por reviravoltas sonoras, a resposta é clara: o novo LP não será experimental no sentido mais radical, mas apresentará uma ênfase marcante nas guitarras. “Alguns fãs gostam quando uma banda segue uma fórmula – sabes o que vais ouvir. Connosco é um pouco diferente, mas também não será uma surpresa total. Não há experiências com coisas que nunca tenhamos feito antes, mas a mistura é diferente e há muito mais guitarra. É muito mais orientado pela guitarra. Essa é uma das diferenças, diria eu”, antecipou Vorph.

O processo de composição do novo disco estendeu-se durante a pandemia, um período que, apesar de desafiante, permitiu uma maturação cuidada das ideias. “Demorou uma eternidade, mas aconteceu durante a COVID, por isso tivemos muito tempo. Estivemos a ouvir o material juntos. Não direi que é um trabalho de grupo, porque o Xy continua a fazer toda a música, mas discutimos juntos, e acho que teve tempo para amadurecer e chegar ao ponto onde devia estar”, explicou.

Ainda assim, o vocalista dos SAMAEL reconhece que o excesso de tempo pode ser contraproducente. “É arriscado, sem dúvida. Todo o trabalho que o Xy está a fazer agora, para mim, não é assim tão importante. Ele mostra-me uma música e diz ‘aquele break na bateria não estava lá antes, está porreiro’, e eu digo ‘ok, mas torna mesmo a música melhor?’ Talvez um pouco, mas para ele é muito importante, especialmente porque levou tanto tempo. Ele não quer deixar escapar nada. Eu sou mais do estilo ‘vamos fazer isto’. Ele é muito picuinhas com tudo”, admitiu o músico.

No que toca a concertos, 2025 será um ano de aparições pontuais para os SAMAEL, com a banda a focar-se quase exclusivamente na finalização do disco. “Não temos nenhuma digressão planeada este ano. Só vamos fazer concertos isolados. Há um festival no Texas em Março, depois vamos ao Brasil – temos três concertos lá –, dois concertos na Grécia e alguns festivais pequenos. Mas, basicamente, queremos terminar o álbum. Isso é mesmo a prioridade. Esperemos que aconteça”, rematou.