Onde está o metal? A afamada ROLLING STONE escolheu apenas um álbum do género para a sua lista dos 100 melhores do ano.
A afamada revista norte-americana Rolling Stone divulgou a sua aguardada lista dos 100 melhores álbuns de 2024, que, como habitual, está a gerar discussão e aplausos entre os melómanos mais atentos. Acima de tudo, esta selecção traz uma constatação amarga para os apreciadores de música pesada uma vez que apenas um álbum do género conseguiu um lugar na lista, ocupando a modesta 93.ª posição.
Ao contrário do que está a suceder com outras listas de publicações mais especializadas, digamos assim, neste caso o destaque foi todo para «From Hell I Rise», disco de estreia da nova banda de KERRY KING, o lendário guitarrista dos SLAYER. Lançado pela Reigning Phoenix Music, o LP marcou o regresso de King ao estúdio após o fim da icónica banda de thrash em 2019 e, ainda que discreta na classificação geral, a inclusão nesta lista é significativa, reflectindo o impacto que teve tanto junto do público como da crítica.
Sem ser propriamente uma novidade, a presença limitada de metal na lista da Rolling Stone reflete uma tendência que continua a frustrar os entusiastas do género e, verdade seja dit, em 2024, o rock, de forma geral, também parece ter tido uma representação modesta. Apesar de lançamentos notáveis ao longo do ano, nomeadamente os álbuns mais recentes de bandas como Pearl Jam ou Bring Me the Horizon, não garantiram um lugar no top.
Ainda assim, no âmbito do rock mais mainstream, a redacção da Rolling Stone ainda arranjou espaço para destacar «Romance», dos Fontaines D.C., na posição #58; «Songs Of A Lost World», dos The Cure, #44; «Wall Of Eyes», dos The Smile, #35; «I Got Heaven», dos Mannequin Pussy, #22; e «No Name», de Jack White, que ocupa o lugar #20. Dúvidas restassem, estes resultados mostram que, embora a lista procure reflectir a diversidade da música contemporânea, o espaço reservado aos géneros musicais mais pesados é cada vez mais restrito.