Um retorno às raízes “hellbilly”! Este segundo single, intitulado «Heathen Days», antecipa o oitavo álbum de ROB ZOMBIE, «The Great Satan», previsto para Fevereiro de 2026.
O universo de ROB ZOMBIE volta a agitar-se com força: o cantor, cineasta e ícone maior da cultura norte-americana alternativa acaba de revelar «Heathen Days», o segundo tema de avanço para um muitíssimo aguardado novo álbum, apelidado «The Great Satan», com edição marcada para 27 de Fevereiro de 2026 via Nuclear Blast Records. A data ainda está longe, mas o impacto do single já reacende o entusiasmo em torno de um disco que, segundo ele, o reencontra com a estética hellbilly que marcou o seu período mais explosivo.
«The Great Satan» será o oitavo álbum de estúdio de ROB ZOMBIE, sucedendo a «The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy» de 2021, que atingiu o top 10 nas tabelas norte-americanas e representou o primeiro registo do artista em quase cinco anos. O disco anterior foi produzido por Zeuss e consolidou a química de uma formação que, naquela altura, juntava o guitarrista John 5, o baixista Matt “Piggy D.” Montgomery e o baterista Ginger Fish. Foi também o terceiro álbum lançado com esta espinha dorsal, que acompanhou ROB ZOMBIE desde «Educated Horses».
Mas o ciclo que agora se abre com «The Great Satan» surge marcado por profundas mudanças internas. Em 2022, o guitarrista John 5 deixou a banda para integrar os MÖTLEY CRÜE como substituto de Mick Mars, encerrando uma colaboração de 16 anos que o viu co-escrever todos os discos de estúdio desde «Educated Horses» e assinar a banda sonora do filme The Lords of Salem, realizado por Zombie em 2013. A saída do guitarrista desencadeou uma reorganização inevitável, conduzindo ao regresso de Mike Riggs, figura essencial da primeira fase a solo de Zombie.
O regresso de Riggs parece não ter sido apenas uma substituição técnica: é um reencontro estético. O guitarrista tocou com ROB ZOMBIE durante seis anos, dos anos 90 ao início da década seguinte, período em que deixou a sua marca em discos fundamentais como «Hellbilly Deluxe», «American Made Music To Strip By», «The Sinister Urge» e a colectânea «The Past, Present & Future». A sua linguagem — apoiada em riffs densos, texturas industriais e aquele groove metálico e distorcido que ajudou a definir o som Hellbilly — é parte central da identidade que Zombie diz agora querer revisitar.
Outro movimento estrutural importante ocorreu já em 2024, quando Piggy D. anunciou a sua saída após 18 anos de serviço ao lado de Zombie. O baixista foi rapidamente substituído por outro rosto familiar: Rob “Blasko” Nicholson, parceiro de longa data que integrou a banda entre 1997 e 2006, e que gravou com Zombie três dos seus discos mais emblemáticos — «Hellbilly Deluxe», «The Sinister Urge» e «Educated Horses». O regresso a casa, quase duas décadas depois, reforça a ideia de que este novo álbum pretende religar as veias criativas do passado às ambições presentes.
Diante destas mudanças, «Heathen Days» surge como um manifesto antecipado do que será «The Great Satan»: um mergulho controlado nas raízes hellbilly, mas filtrado pela experiência acumulada ao longo de quase três décadas de carreira a solo. Este novo single sucede a «Punks And Demons», o tema que serviu de apresentação ao LP e já tinha revelado um Zombie mais próximo do espírito cru e contagiantemente estranho que moldou a sua estética inicial — uma fusão onde punk, metal industrial e rock de contornos cinematográficos se cruzam num híbrido fervilhante.
A expectativa em torno do novo disco é reforçada pela memória deixada por «The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy». Lançado em Março de 2021, o álbum marcou o final de um ciclo musical com a formação anterior e o início de um período de redefinição para Zombie. O facto de 2025 recuperar dois dos nomes mais importantes da linhagem original — Riggs e Blasko — parece fechar um círculo histórico e abrir outro, onde a nostalgia não surge como repetição, mas como reinvenção.
Se «Heathen Days» é algum indicativo, o próximo álbum promete ser um dos lançamentos mais sólidos da carreira recente de ROB ZOMBIE. Entre regressos simbólicos, transformações internas e um manifesto musical que aponta directamente ao ADN hellbilly, «The Great Satan» chega rodeado de antecipação legítima — e com a promessa de devolver a Zombie a ferocidade estética que sempre distinguiu o seu mundo.
Até lá, «Heathen Days» inaugura a contagem decrescente. E fá-lo com a convicção de que 2026 poderá marcar um ponto de viragem — ou, pelo menos, um reencontro poderoso entre o presente e os fantasmas elétricos que moldaram a identidade de Rob Zombie.

01. F.T.W. 84
02. Tarantula
03. (I’m a) Rock ‘N’ Roller
04. Heathen Days
05. Who Am I
06. Black Rat Coffin
07. Sir Lord Acid Wolfman
08. Punks And Demons
09. The Devilman
10. Out of Sight
11. Revolution Motherfuckers
12. Welcome To The Electric Age
13. The Black Scorpion
14. Unclean Animals
15. Grave Discontent











