Embora os DEATH sejam considerados um dos mais importantes e influentes nomes do death metal de todos os tempos, a banda sediada na Flórida só lançou seu álbum de estreia, «Scream Bloody Gore», em 1987 — dois anos depois da edição do «Seven Churches», dos POSSESSED, os californianos cujo baixista e vocalista, Jeff Becerra, é creditado por alguns como tendo criado o termo” death metal “em 1983. Numa nova entrevista com o Underground Florida, que pode ser vista na íntegra em cima, o baterista dos CANNIBAL CORPSE, Paul Mazurkiewicz, indicou qual é, na sua opinião, o primeiro álbum de death metal a ser lançado. «Scream Bloody Gore» ou «Seven Churches»? “A resposta a essa questão provavelmente vai estar sempre aberta a debate“, começou por dizer o músico. “É difícil. Eu, provavelmente, teria de escolher o «Scream Bloody Gore». Acho que, na música e nas vocalizações, foi um pouco mais death metal“.
“O «Seven Churches» talvez tivesse um pouco mais de elementos de thrash“, elaborou Mazurkiewicz. “O «Scream Bloody Gore» não era thrash — não acho que fosse thrash; acho que é apenas death metal. O Becerra ainda tinha uma voz maligna — ao estilo do Tom Araya. É uma ótima voz. Agora, é considerada death metal? Acho que ninguém vai considerar o Tom como um vocalista de death metal, de forma alguma. Na minha opinião, nesse aspecto diria que o «Scream Bloody Gore» devia definitivamente ocupar esse lugar por cima do «Seven Churches». Como disse, nada contra os Possessed. O «Seven Churches» foi incrível. São uma grande banda . E eu adorei o «Scream Bloody Gore», que é o meu disco favorito dos Death, claro. Foi muito influente para nós.” O líder dos DEATH, Chuck Schuldiner, morreu em Dezembro de 2001 após uma batalha contra um glioma pontino, um tipo de tumor cerebral raro. Becerra mantém-se até hoje como líder dos POSSESSED e, em 2017, disse à Antihero que Schuldiner citou inúmeras vezes a sua banda como uma “influência primária“.
«Violence Unimagined», o mais recente álbum dos CANNIBAL CORPSE foi editado no passado mês de Abril e afirmou-se como um petardo de death metal de última geração tocado com paixão e precisão de tirar o fôlego ao mais experiente dos fãs de música extrema, constituindo outra adição perfeita ao que é indiscutivelmente um dos principais e influentes catálogos do género. “O disco segue efectivamente o caminho que temos vindo a trilhar há alguns anos”, afirma o baixista e membro fundador Alex Webster. “Acho que abordamos sempre a escrita de uma forma semelhante: o cada um de nós tenta fazer é escrever as músicas mais pesadas e memoráveis que estejam ao nosso. Queremos que cada canção tenha a sua própria personalidade identificável.” Apesar de apresentar a banda a fazer aquilo que sabe fazer melhor, este novo álbum apresenta uma mudança substancial no no grupo, com a adição do guitarrista Erik Rutan às suas fileiras, juntando-se a Webster, ao baterista Paul Mazurkiewicz, ao guitarrista Rob Barrett e ao vocalista George “Corpsegrinder” Fisher.