Promotores cancelam ’tour’ australiana dos TAAKE, vocalista acusado de simpatizar com a extrema-direita

De acordo com o The Guardian, os noruegueses TAAKE viram a sua previamente anunciada tour australiana cancelada pelos promotores. No início de Fevereiro, o grupo, que de há uns anos a esta parte tem sido atormentado por diversas acusações públicas de islamofobia e simpatias nazis, ia protagonizar quatro datas como parte de uma rota apelidada Southern Funeral, que contava com a banda norte-americana AKHLYS como “suporte”. No entanto, na última quinta-feira, 5 de Janeiro, o promotor Southern Extremeties anunciou que as datas tinham sido “canceladas por motivos fora do nosso controle“. “Pedimos desculpa aos detentores de ingressos e às pessoas que desejam ver estas duas bandas“, acrescentaram. Antes da Southern Extremeties anunciar o cancelamento, duas das salas escalonadas para receber os dois grupos já tinham desistido de o fazer — o Manning Bar, da Universidade de Sydney, que supostamente tomou essa decisão após sofrer várias pressões por parte dos alunos, e o Enigma Bar, em Adelaide. Note-se que este cancelamento ocorre cinco anos depois dos TAAKE terem sido forçados também a abortar uma digressão nos Estados Unidos devido a uma campanha online que destacava incidentes anteriores em concertos no grupo, incluindo um incidente em 2007 que viu o líder e estratega da banda, Hoest, a subir ao palco e,m Essen, na Alemanha com uma cruz suástica pintada no peito. Posteriormente, o músico descreveu essa situação como “um lapso de julgamento para não repetir” e negou repetidamente quaisquer associações à extrema-direita ou que as suas letras refletissem qualquer sentimento racista.