PROCESS OF GUILT: “Temos um disco novo, pronto a ser editado”

O festival Back To Back tem lugar hoje, 19 de Novembro, na sala LAV – Lisboa ao Vivo, e amanhã, na Sala 1 do Hard Club, no Porto. MÃO MORTA, BIZARRA LOCOMOTIVA, PROCESS OF GUILT e THE QUARTET OF WOAH! são os quatro nomes envolvidos, num cartaz claramente eclético. Para muitos, será uma surpresa ver os PROCESS OF GUILT neste contexto, pois o grupo andava desaparecido desde a edição de «Black Earth», em 2017. “A nossa participação neste festival acontece como grande parte dos convites para actuarmos ao vivo”, explica à LOUD! o vocalista e guitarrista Hugo Santos. “O convite surgiu e, apesar de nos encontramos na altura ainda em estúdio concentrados nos últimos detalhes do novo disco, estávamos disponíveis e interessados e foi uma questão de voltarmos à nossa rotina de ensaios, em particular de alguns temas que já não abordávamos quase desde o último concerto no final de Dezembro de 2019”. O grupo terá sido surpreendido pelo “início do confinamento de 2020”, no momento em que se encontrava nas “últimas etapas do processo de composição, pelo que a entrada em estúdio para a gravação de um novo disco estava inicialmente agendada para o final do primeiro semestre de 2020”. Acontece que como o “processo de composição é sempre na sala de ensaio, onde tocamos e reagimos à música em conjunto”, verifica-se ser essencial “a continuidade e ritmo dos ensaios”. Como será facilmente compreensível, face à necessidade de ensaio, “as diversas restrições da segunda metade de 2020 e do início de 2021 acabaram por interromper este processo e protelar a gravação do disco até ao final do verão passado”.

De acordo com o músico, “neste momento, passados quase dois anos desde a nossa última atuação ao vivo, temos um disco novo, pronto a ser editado. Em breve certamente divulgaremos mais detalhes sobre o mesmo”. Isso cria uma certa antecipação sobre o que irá acontecer nestes dois eventos, pois segundo o próprio Hugo, “normalmente, nos concertos que antecedem o lançamento de um novo disco aproveitamos para rodar alguns temas novos, o que nos permite um primeiro contacto com a sua dinâmica em palco e observarmos a reação do público a música nova que nunca ouviu”. Isso foi algo que aconteceu “em todos os nossos lançamentos anteriores e é bastante provável que aconteça nos próximos concertos”, explica. A reacção ao festival e ao convite acaba por ser “muito positiva, ainda para mais tratando-se do festival responsável pelo nosso regresso às actuações ao vivo. Nas palavras do guitarrista, “é sempre de louvar uma iniciativa deste género pautada pelo ecletismo musical e concretizada num cartaz transversal a vários quadrantes musicais, desde o rock de inspiração mais clássica até às sonoridades mais densas e extremas”. Afinal “qualquer evento que permita uma maior exposição das bandas que o integrem a um público mais amplo é sempre uma oportunidade”, dessa forma, um “cartaz que integra algumas das bandas que no contexto nacional também constituem uma referência para nós, essa oportunidade assume ainda uma maior relevância”.

A pandemia, a situação dos músicos, a ausência de concertos internacionais, foram motivações para a criação deste festival que hoje se inicia. Porém, os músicos, enquanto pessoas, também encontram outras dificuldades nesta fase. “No nosso caso, que temos outras actividades profissionais distintas do campo musical e que pessoalmente me mantiveram completamente absorto, foi uma questão de nos organizarmos em torno de um objetivo comum, que era o de mantermos o foco na composição e gravação do novo disco, e sermos resilientes o suficiente para sair da estaca zero após cada período de confinamento sem perder o ânimo”. Segundo Hugo, “o verdadeiro desafio foi não nos desmotivarmos e continuarmos a acreditar no que musicalmente ainda temos a dizer”. Para já, o verdadeiro desafio é fazer o público mover-se e responder de forma positiva a este evento.

HORÁRIOS:

18:30 –» Abertura de portas
19:30 –» The Quartet Of Woah!
20:15 –» Process Of Guilt
21:10 –» Bizarra Locomotiva
22:40 –» Mão Morta