Em 2013, na digressão europeia do incontornável álbum “FÆMIN”, os PROCESS OF GUILT passaram pelo conceituado Roadburn Festival e assinaram uma actuação demolidora, que podes recordar em baixo num excelente ‘bootleg’.
“Estamos muito satisfeitos por ter os Process Of Guilt na edição de 2013 do Roadburn Festival. Depois de terem passado a última década a labutar como uma banda adorada no underground, numa editora independente de um país relativamente remoto, o seu álbum mais recente «Fæmin» (Bleak Recordings/Division Records) tem-lhes valido rasgados elogios por todo o mundo. Musicalmente, os Process of Guilt oferecem uma parede maciça de som de guitarra, bateria intrincada e vozes de comando.
O som da banda é destilado da mesma fonte que alimentou os Godflesh, o que torna esta estreia no Roadburn ainda mais apropriada. A feroz cavalgada de meios-tempos roça o industrial com uma influência hardcore inegável, mas o grupo evoluiu durante tempo suficiente para não se transformar num clone dos Neurosis. Os riffs crescem de uma forma tão colossal que prevemos um espasmo de headbanging assim que subirem ao palco“.
Foi desta forma que a organização do conceituado Roadburn confirmou a participação dos PROCESS OF GUILT na sua edição de 2013, que aconteceu entre os dias 18 e 23 de Abril no 013, em Tilburg, nos Países Baixos.
“Quem nos acompanha de forma mais próxima sabe bem o apreço que temos relativamente a toda atmosfera que rodeia o Roadburn“, afirmou, na altura, o vocalista/guitarrista Hugo Santos à LOUD!. «Trata-se de um festival único, com um ambiente muito particular e onde já assisti a actuações memoráveis de bandas seminais. A confirmação de Process of Guilt no cartaz de um festival de renome mundial onde figuram nomes como Godflesh, que situamos entre as nossas infuências, deixa-nos obviamente muito satisfeitos e com a certeza que estamos a dar a melhor continuidade possível à promoção de «Fæmin»”.
Uma década depois, a ROMA INVERSA foi recuperar a gravação áudio de um concerto que se baseou efectivamente em «FÆMIN», disco que é um monumento de peso colossal e com uma solidez de construção que não demonstra qualquer tipo de fissuras. Em comparação com os discos anteriores ganha em todas as vertentes sónicas – quer em pressupostos técnicos, quer estruturais – por um sentido mais cru, com menos processamento nas guitarras e um tamanho enorme das baterias.
Certamente que aqueles que se fidelizaram com a banda devido a um sentido mais melódico poderão ter manifestado, na altura, descontentamento com a estética deste álbum, mas não podiam anunciar-se surpresos, pois o álbum anterior já caminhava neste sentido. E no fundo, este é um LP com composições e som muito mais fiéis ao que a banda mostrava ao vivo há um par de anos.
O quarteto nacional tocou no terceiro dia do festival, juntando-se a bandas como os Godflesh, Amenra, Asphyx, Kadavar, Royal Thunder e Electric Wizard, entre outros, além de outro nome de referência no nosso underground, os Black Bombaim. Para os PROCESS OF GUILT, que seguimos mais de perto, foi um marco superlativo na sua carreira. Vale a pena recordar o concerto, através do excelente bootleg áudio que se segue…