PANTERA: Zakk Wylde e Charlie Benante defendem a ’tour’ de “reunião”

Zakk Wylde e Charlie Benante falaram pela primeira vez publicamente sobre a muito discutida tour de reunião dos PANTERA, que vai ter lugar no próximo ano. Numa conversa recente com Eddie Trunk, da SiriusXM, o guitarrista e o baterista discutiram as suas expectativas para os espectáculos e o legado dos falecidos irmãos Dimebag Darrell e Vinnie Paul, revelando que as discussões iniciais relativamente a um possível regresso tiveram lugar antes ainda da morte de Vinnie, em 2018. “Vai ser espectacular“, começou por dizer Wylde. “Quando o Vinnie ainda estava connosco, estava sempre a pedir-me para honrar o Dime, dizia-me que, se eu aceitasse, se juntariam todos para fazer algo deste género. E eu disse sempre que sim, que quando o quisessem fazer, estaria sentado no banco de suplentes e disponível para entrar em campo. Bastava que me ligassem quando precisassem de mim e eu trataria de aprender tudo e íamos fazer isto“. Eventualmente, foi Phil Anselmo, o cantor dos PANTERA, que telefonou a Wylde, e a reunião começou a tomar forma com o baixista Rex Brown também a bordo. “Ao longo dos anos sempre houve rumores sobre o assunto, mas não foi até agora, obviamente, que as coisas começaram a rolar. Eu estava a falar ao telefone com Phil — ou talvez estivéssemos todos numa chamada em grupo, já não sei — mas ele perguntou-me se honraria o Dime e aceitava fazer isto. E eu disse: ‘Sim, Phil. Claro que sim. Eu sempre disse que sim. Se vocês quiserem fazê-lo, então vamos fazê-lo'”.

Durante a conversa, Wylde e Benante expressaram o seu desejo de manter as actuações tão fiéis quanto possível aos PANTERA. Verdade seja dita, resultado dos seus anos com a banda de Ozzy Osbourne, Zakk tem muita experiência em primeira mão com a aprendizagem das partes de outro guitarrista, e Benante, por seu lado, tornou-se um baterista exímio em covers durante toda a pandemia, o que prova a sua enorme afinidade para aprender canções que não são dos ANTHRAX. “Obviamente que tive de aprender as partes do [Randy] Rhoads e as partes do Jake [E. Lee], e quando tocávamos coisas dos [Black] Sabbath também tive de as aprender e sempre tentei manter-me o mais fiel possível aos originais“, explicou Wylde. “O Charlie vai ter de aprender todas as partes do Vinnie e a aproximação tem de ser como se estivéssemos numa banda de covers“. Benante, por seu lado, acrescentou: “Não posso fazer isto como o baterista dos Anthrax, porque seria um som completamente diferente. Portanto, vou fechar os olhos e vai soar como se fosse o Vinnie, basicamente. E é assim que vai ser… O meu som vai ser exactamente como o dele“. O baterista revelou ainda que Anselmo o abordou pela primeira vez em Dezembro passado, mas que inicialmente não o levou a sério. “Estava a falar com o Philip, e depois ele acabou por mencionar isto”, recordou Benante. “E eu disse-lhe: ‘Oh, sim, claro. Tanto faz”. E depois tornou-se real por volta de Janeiro ou Fevereiro deste ano”. Quando lhe perguntaram se sabia quando se realizaria o primeiro espectáculo da reunião, Benante respondeu negativamente, mas tudo indica que a tour decorra algures durante o próximo ano.