Em vésperas do muito aguardado regresso a Portugal, conversámos com Steffen Kummerer, líder e timoneiro dos OBSCURA, sobre a novidade «A Sonication», as recentes acusações de plágio e o que podemos esperar do concerto do próximo dia 10 de Fevereiro.
Após uma memorável actuação no Hard Club, no Porto, em 2019, a icónica banda de death metal progressivo OBSCURA vai regressar finalmente a Portugal este ano! O aguardado retorno de Steffen Kummerer e companhia a solo nacional acontece no LAV – Lisboa Ao Vivo, no dia 10 de Fevereiro, numa data inserida na sua Silver Linings Tour 2025. Com uma carreira sólida e repleta de álbuns aclamados pela crítica e recebidos com fervor pelos fãs, o aplaudido quarteto promete uma experiência verdadeiramente inesquecível a todos os que apreciam música brutal tocada com virtuosismo e com o conceito de progressão sempre em mente.
Ainda com o elaborado «A Valediction», de 2021, bem presente na memória do público, mas com o seu sucessor já disponível através da Nuclear Blast, este concerto promete ser especial, com os OBSCURA a garantirem a estreia de material novo que os fãs não vão querer perder. Depois de meses a escrever e refinar, a banda está pronta para apresentar novos sons, oferecendo um vislumbre do próximo capítulo da sua viagem musical em constante evolução. Para tornar as coisas ainda mais interessantes, a noite contará também com a participação especial dos exímios norte-americanos SKELETAL REMAINS e dos franceses GOROD. Os bilhetes para o evento encontram-se à venda no site oficial da Prime Artists.
Banda inovadora oriunda da cidade bávara de Landshut, na Alemanha, os OBSCURA empregam uma fusão inebriante de death metal técnico e thrash progressivo, que recebeu elogios logo com a edição da estreia «Retribution», de 2006. Por esta altura, duas décadas depois, as estatísticas são impressionantes: vinte anos no activo; seis álbuns aclamados; mais de 600 concertos em quatro continentes. Além disso, o envolvimento mundial com os fãs – os clips de «The Anticosmic Overload», «Akróasis» e «Diluvium» têm mais de 4,5 milhões de visualizações – só se tem tornado mais forte, à medida que continuam a oferecer tutoriais e a interagir com o um público devoto.
Como estás? Tens passado os dias a fazer entrevistas e…
Sim, principalmente. E vamos embarcar numa digressão europeia em breve com os Skeletal Remains e os Gorod. Por isso, há muito trabalho a fazer só para, sabes como é, manter o nosso equipamento em ordem, ter todas as canções e instrumentos bem preparados e tudo o mais. Tenho dedicado bastante do meu tempo a preparar tudo correctamente. E, claro, no meio disso tudo, há imensas entrevistas para fazer. É ridículo. Na semana passada, fiz provavelmente três dias de promoção só para a Austrália, a começar logo de manhã. É muito fixe as pessoas pegarem no novo álbum e estarem interessadas em tudo.
É um bom sinal, não é? As pessoas querem falar contigo e há obviamente interesse no novo álbum e na nova digressão.
Isso é verdade, não me posso queixar. Tem havido muito interesse… [pausa] E, finalmente, vamos voltar a Portugal também!
É isso mesmo, vão actuar em Lisboa no dia 10 de Fevereiro. O que é que os fãs podem esperar desta Silver Linings Tour?
Bem, é claro que temos um novo álbum, por isso o foco vai, inevitavelmente, para esse disco. No entanto, como não temos estado em Portugal ou Espanha com tanta frequência como noutras partes do mundo, andámos a preparar um alinhamento com, pelo menos, uma música de cada um dos álbuns anteriores. Verdade seja dita, não é muito diferente do que costumamos fazer, porque há alguns temas que temos de tocar sempre. Ainda não temos uma «Raining Blood», mas há alguns temas que as pessoas ficam muito chateadas se não tocarmos.
Quais são?
Do «Cosmogenesis», tocamos o primeiro tema, «The Anticosmic Overload»; depois a «Septuagint» do «Omnivium», a «Emergent Evolution» do «Diluvium» e… Bem, há algumas outras, mas não quero estragar muito a surpresa. Em suma, o alinhamento vai conter muito material novo e um resumo do melhor que fizemos até aqui. Como o LP é recente, e vai ser lançado na mesma altura, é tudo novo para nós, e estou muito curioso para saber como algumas dessas canções vão funcionar e vibrar com o público.
Mais de duas décadas depois, ainda ficas curioso?
Sempre! E sabes, às vezes acaba por ser completamente diferente do que pensávamos que ia ser. O nosso fundo de catálogo tem muitas canções super exigentes e muito técnicas, e pensamos, “ah, esta é uma daquelas canções que só funcionam num ambiente de estúdio e com auscultadores”, mas acabaram por transformar-se em “êxitos” ao vivo.
Claro, também já aconteceu o oposto, com temas que pensávamos que iam mesmo funcionar e criar uma boa vibração com o público, mas depois… Só se ouvem os grilos. [risos] Portanto, estou ansioso por apresentar estes temas ao vivo. E, claro, temos uma nova produção de palco e tudo o que vem com o novo disco. Portanto, vai ser tudo novo, mas velho, e pintado de dourado.
Com sete álbuns, não deve ser fácil elaborar um alinhamento que agrade a todos os fãs.
Sim e não. O problema é… Quer dizer, será que é um problema? Estamos numa situação em que, com o novo disco, lançámos sete álbuns, e há pessoas ou fãs que acabaram de conhecer a banda ou que a descobriram passados alguns anos desde que começámos. Portanto, há sempre pessoas que sentem falta de certas canções ou de algumas músicas que nunca tocamos ao vivo, mas temos de encontrar um compromisso porque é impossível agradar a toda a gente.
Como geres esse raciocínio?
Para mim, há sempre a abordagem de que o novo álbum é o mais importante, porque, caso contrário, estamos a cair no departamento das “bandas antigas”. Ou seja, todos os discos antigos são importantes, mas já ninguém está interessado naquilo que estás a fazer no presente. E eu quero mesmo evitar isso, a todo o custo. Portanto, novo álbum, novas canções… A maioria delas, pelo menos.
É óbvio que, para ti, é mais excitante tocar as canções novas do que os êxitos, digamos assim.
Para ser sincero, também gosto de tocar as coisas antigas, porque é simplesmente excitante. É, de certa forma, uma recompensa quando nos recostamos e pensamos nas canções que escrevemos quando éramos adolescentes, por vezes há 20 anos. E há pessoas por aí que ainda gostam dessas melodias, dessas canções e dessas partes.
Eu não tomo nada como garantido. Acho que isso é muito, muito impressionante, especialmente quando pensamos no quão extremo e pequeno é este nicho em que nos movemos. Claro, como já tocámos essas músicas antigas provavelmente mil vezes, é mais excitante tocar algo novo, mas é só isso… É o factor novidade.
Ia perguntar-te de há alguma canção que já estejam cansados de tocar, mas os vossos temas têm sofrido algumas mutações ao longo dos anos.
Pois, quanto a haver um tema que já esteja farto de tocar… Não me lembro de nenhum, não. E sim, algumas das nossas canções mais antigas também mudaram um pouco. A «Septuagint», por exemplo. Tem um arranjo muito amplo com muitas, muitas, muitas linhas diferentes e, ao longo dos anos, fomos trabalhando um pouco nos pormenores.
Algumas partes podem ser feitas a partir de uma faixa de apoio, como as coisas com vocoder. Às vezes, é bom trazer vozes limpas da faixa de apoio, mas o que podemos mudar ao vivo são os arranjos das guitarras. Nos primeiros anos, caso tocássemos a «Septuagint», tínhamos uma guitarra a tocar os temas principais e outra a tocar as guitarras rítmicas. Nos últimos anos, começámos a tocar as harmonias gémeas com as guitarras e reorganizámos um pouco as linhas de baixo, porque o efeito “uau” é muito maior.
É curioso que a música resulte tão cirúrgica, mas ainda assim dê espaço a mutações ao vivo…
Todas essas linhas de dupla harmonia são fantásticas num ambiente ao vivo, portanto temos de as aproveitar. De resto, se forem a um dos nossos espectáculos vão perceber que, por vezes, há coisas que mudamos um pouco aqui e ali. E isso é muito, muito excitante, porque também estamos a reflectir e, por vezes, estamos apenas a assistir a todo o espectáculo. Se virmos um concerto… O canal ARTE, a estação de televisão franco-alemã, gravou a nossa actuação no Summer Breeze e foi muito emocionante vê-lo da perspectiva de um fã.
Fez-te ver as coisas de outro ângulo, foi isso?
Sem dúvida! Comecei logo a pensar que talvez pudesse mudar algumas coisas. Talvez este arranjo pudesse ser um pouco diferente? Se calhar isto não está muito claro e mudamos aqui? [risos] Há sempre algo que se pode mudar e que se pode fazer melhor ou alterar. Por isso, para nós, nunca é aborrecido tocar as canções antigas. Embora seja diferente ter algo completamente novo em cima da mesa do que reorganizar algumas canções. Acho que, por esta altura, as pessoas até já devem ter percebido que somos nerds, mas eu digo-o para ficar bem claro.
Chama-se a isso reinvenção, mantém as pessoas entusiasmadas, mantém-vos entusiasmados…
E as coisas estão a fluir, certo? De alguma forma, também tem de funcionar com todas as novas canções que trazemos para a mesa. Falando apenas das linhas de harmonia, se temos algo assim nas nossas canções, pensando nas canções antigas, porque não olhar também nessa direcção? O espetáculo ao vivo torna-se muito mais coeso e consistente.
Vamos falar sobre o novo álbum, a «Sonication».
Bem, este é o álbum número sete. Encontrámos o nosso, chamemos-lhe, som de assinatura, há muitos, muitos anos. Mas não nos queremos repetir. Portanto, este é o álbum número dois de uma trilogia que começámos em 2021 e, para tornarmos as coisas um pouco diferentes, mudámos a abordagem de produção. O disco anterior era muito, muito focado na guitarra, com uma produção muito clara de uma guitarra à esquerda, uma guitarra à direita, excepto algumas partes diferentes.
O novo álbum tem uma produção mais parecida com a ideia que temos de wall of sound. Desta vez, temos muitas, muitas, muitas camadas coladas umas sobre as outras. É uma experiência auditiva diferente. E, se ouvirmos o disco do início ao fim com auscultadores adequados, temos uma variação completamente diferente, como a profundidade e o campo de acção. Podes apontar onde os instrumentos estão colocados no panorama, não só à esquerda e à direita, mas também da frente para trás, com todas as linhas de pré-delay individuais. E isso é muito fixe.
Se comparar o álbum anterior com o novo, soam como a mesma banda, mas a vibração é de uns OBSCURA um pouco diferentes.
O álbum anterior é um pouco mais agressivo, mais directo. O novo tem uma espécie de fluxo, uma coisa diferente. É difícil explicar. Nós somos uma banda de death metal técnico e progressivo, mas este novo disco tem uma vibração descontraída. E eu gosto muito desse contraste. Tem um ritmo mais melancólico, quase frágil, por assim dizer… E é muito orgânico.
É como se fosse de propósito, não é polido ao máximo. No passado, tentávamos ao máximo evitar todo e qualquer erro. Era tudo muito, muito limpo, mas acho que perdemos um pouco o carácter de cada músico. Desta vez, tentámos sublinhar a força de cada um, especialmente na bateria.
Actualmente, na bateria, o feeling acaba por ser quase sempre sacrificado.
Claro, porque, se colocarmos todas as batidas numa “grelha”, o carácter do baterista desaparece completamente. Se compararmos isso, por exemplo, com os discos antigos dos Death, onde tens bateristas diferentes, como o Sean Reinert ou o Gene Horgan, eles têm um som completamente diferente. Mas se os editássemos completamente, provavelmente soariam de forma semelhante. Não totalmente, mas perde-se muito…
Sim, perder-se-ia a dinâmica e a personalidade do baterista, certo?
Sim, por isso tento encontrar a linha dourada no meio. Este é um disco correto, produzido, bem tocado e executado; mas, ao mesmo tempo, quero manter este toque humano e um pouco das arestas não limadas e da sujidade. Assim um álbum ganha muito mais carácter. Foi essa a ideia por trás desta mudança.
E o que é que motivou essa nova abordagem? Houve novas influências musicais ou experiências pessoais que influenciaram este novo disco a ser diferente nesse aspecto?
Não foi planeado dessa forma, mas quando as primeiras canções tomaram forma, o primeiro tema que escrevemos para o álbum foi a faixa de abertura, «Silver Linings». Dentro do pré-refrão e do refrão, havia muitas, mesmo muitas, construções, especialmente o trabalho de pormenor que se destaca com tantas linhas de fundo. Por exemplo, o pré-refrão tem muitas guitarras acústicas. Só se ouve, à terceira ou quarta ou mesmo quinta audição, mas estão lá. E há alguns coros que se vão formando.
Tudo isto só faz sentido se tivermos o ambiente certo e as linhas de saída certas. Acho que se esta música fosse produzida da mesma forma que o álbum anterior, não funcionaria. Bem, uma boa produção começa com as canções, na minha perspectiva. Por isso, com as canções dadas, não funcionaria manter esta vibração se as arranjássemos e produzíssemos da mesma forma que no álbum anterior.
Esse tema deu o mote para o resto, foi isso?
Quando comecei a seguir nesta direcção, fui construindo cada vez mais camadas e, depois, uma peça entrou na outra, para ser sincero.
Entretanto, com o ciclo de promoção de «A Sonication» em andamento, foste acusado de plágio por dois ex-membros dos OBSCURA. Não quero, de forma alguma, direccionar a tua resposta, mas qual é o seu lado da história?
Vou dizer-te o mesmo que tenho dito a toda a gente que me tem feito essa questão… Acho que há muita frustração e difamação pública desnecessária envolvida nessa história. Basicamente, é isso que tenho para dizer porque, se tiver algum problema com alguém, pego no telefone e resolvo o assunto directamente com a pessoa em questão.
Não vou entrar nas redes sociais e começar uma “caça às bruxas”. Portanto, acho que eles não quiseram realmente resolver os “problemas”. O que, verdade seja dita, é um bocado triste, porque trabalhámos todos juntos durante bastante tempo e a nossa separação até foi relativamente boa.
Achas que há outros interesses envolvidos nisto tudo?
Só pode haver, sim. Eu enviei-lhes o disco inteiro, o produto final, para eles ouvirem; não tenho nada a esconder. No entanto, isto aconteceu, as pessoas já formaram opinião, ninguém quer ouvir o outro lado das coisas, não querem ouvir a minha opinião. E vou lidar com isso, vou resolver tudo, mas não vai ser muito fixe para eles, é só o que posso dizer. É triste, porque é algo totalmente desnecessário.
O que nos podes dizer sobre a gravação?
Sou muito selectivo no que diz respeito a isso. [risos] Anteriormente, fizemos quatro álbuns ligados e foram todos produzidos pela mesma pessoa, com o mesmo artista gráfico e a mesma editora. O que estamos a fazer agora é o mesmo, mas com três álbuns. Portanto, os três disco vão ser produzidos pelo Fredrik Nordstrom. Temos o Eliran Kantor como artista de capa e a abordagem de gravação é muito semelhante. Portanto, é um som coerente, embora a abordagem seja um pouco diferente. Mas como trabalhamos com o mesmo produtor, com o mesmo estúdio, temos a sensação de que tudo está ligado.
Como é que é trabalhar com o Fredrik?
É absolutamente brilhante, para ser sincero. Na verdade, é o terceiro álbum que fazemos com ele, porque, entre os dois discos de estúdio, também misturámos e masterizámos um álbum ao vivo. Sempre que vou à Suécia, sinto-me bem-vindo. E não é apenas todo o equipamento de estúdio, porque há toneladas de equipamento vintage e de alta qualidade, mas, para mim, é mais a abordagem pessoal e, com o Fredrik, fez-se um clique.
Ele e o assistente, o Robert Kuttler, no segundo estúdio, são pessoas fantásticas com quem se pode conviver. Percebi que é o ambiente perfeito para nos concentrarmos apenas na música e darmos o melhor de nós. E, neste ambiente, na Suécia, em Gotemburgo, e também com o Fredrik Nordstrom, que faz a mistura e a masterização, sentimos que estamos em boas mãos.
É fixe teres encontrado outro produtor com quem trabalhas tão bem.
Sou consistente com tudo e sou muito, muito exigente quando se trata de encontrar as pessoas certas. Acho que também é, se mudares a perspectiva, interessante para o Fredrik, porque ele é, penso eu, para a maioria das pessoas, famoso pelas suas produções com os At The Gates, os In Flames, por tudo o que aconteceu nos anos 90.
No entanto, eu comecei a trabalhar com ele pelas produções mais recentes, como com os Architects ou os Bring Me The Horizon, porque isso prova que ele consegue fazer a música soar, ao mesmo tempo, actual e intemporal. E a abordagem dele provavelmente também influenciou um pouco o nosso som, porque já li por aí que os últimos LPs têm influência dos som de Gotemburgo.
Pela forma como o disseste, não me parece que concordes.
É algo que não consigo ouvir na nossa música, confesso.
No final, essa é uma das maiores magias dos discos.
Sim, lanças algo e a forma como as pessoas interpretam letras, arte e música estão completamente fora das tuas mãos. Às vezes ficamos surpreendidos e, outras vezes, é exactamente o que também pensamos, mas nunca é da mesma forma que esperávamos.
E quanto às letras? Não sei se queres deixar a interpretação dos temas em aberto ou falar um pouco sobre o conceito presente nestes discos?
Bem, como é a segunda parte da trilogia… A primeira tratava sobretudo de despedidas e também de perspectivas diferentes. O novo álbum é mais reflexivo. De acordo com a música, é um pouco mais frágil e, para ser honesto, um pouco mais aberto. Como de costume, há muitas palavras caras, muita física, poesia, o que quer que lhe queiram chamar.
Eu não sou um falante nativo do inglês, mas, ao longo dos anos, comecei a sentir-me um pouco mais confortável e, se estivermos mais seguros, podemos trabalhar em todos os pormenores, nas frases ou nas palavras certas para descrevermos certas coisas de uma forma diferente. Isso sente-se, mais que nunca, no novo álbum. Há algumas canções que têm uma abordagem muito, muito pessoal, como a «Stardust», por exemplo, ou mesmo a «Silver Linings». Se me conheceres bem como pessoa, talvez saibas o que se passa com a «Solitude». E essa é também uma abordagem ligeiramente diferente da que fizemos no passado.
De que forma?
Digamos que, há dez anos, as letras eram muito abstractas e agora estão a tornar-se um pouco mais pessoais e isso está exactamente em sintonia com a produção do álbum, que pretende ser um pouco mais humana, e também com o aspecto visual, como as obras de arte, que deixaram de ser muito, muito sci-fi para se tornarem obras de arte pintadas a óleo à mão. Para mim, o panorama geral é sempre muito importante. Se te inclinares para trás e vires tudo e fizer sentido, é perfeito.
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