NERGAL

O Sr. NERGAL tem uma dica para quem pensa formar uma banda: “vão procurar um trabalho a sério!”

Adam “NERGAL” Darski apresentaa um ponto justo, e dolorosamente lógico.

É verdade que, nos tempos que correm, as probabilidades de vencer numa indústria musical coxa são cada vez mais escassas– ou nenhumas. Ainda assim, a verdade é que isso não impediu qualquer um dos aspirantes a heróis do rock ou do metal de perseguirem os seus sonhos durante as últimas décadas. Levem isto com uma pitada de sal, porque o homem é conhecido por gostar de gerar controvérsia…

No entanto, o Sr. Nergal, líder e timoneiro dos BEHEMOTH e de uma aventura a solo chamada ME AND THAT MEN tem um pequeno conselho para os músicos mais novos, que ainda estão a olhar para os posters os seus ídolos nas paredes dos quartos e a sonhar com estrelato: Não comecem uma banda, diz ele.

Durante uma entrevista com a Chaoszine, NERGAL disse: “Não comecem nenhuma banda. A sério, nem sequer estou a brincar. Não o façam. O mundo está sobrecarregado de bandas, cheio de discos com álbuns. Não há realmente espaço para mais nada. A semana só tem sete dias.

Constatada a enormidade de edições com que somos bombardeados semanalmente, o músico, que tem andado em constante tour pela Europa, e que até passou por Lisboa, apontou também a sua mira aos espectáculos, ao notar que também nesse campo o mercado começa a dar sinais de poder descarrilar.

“Há demasiadas digressões por todo o lado, explica Adam “NERGAL” DarskiHá demasiados espectáculos. As pessoas não têm, e terão cada vez menos, dinheiro. Por isso, todas as tours estão a sofrer. Querem mesmo colocar outra canção noutro álbum a que ninguém vai prestar atenção?

Não, vocês não querem fazer isso. Vão procurar um trabalho a sério. Acabam a universidade, viajem, e desfrutem da vida — não façam isto“. Apesar de apresentar um ponto justo, e dolorosamente lógico, basta pensar no relatório que prova que estatisticamente ninguém ouve a maioria da música que está no Spotify, não há como negar que algumas pessoas nasceram para rockar — e, ainda bem, não há nada a fazer em relação a isso.