“O mundo está cheio de idiotas e, claramente, a minha lista de seguidores não era excepção”, dispara Nergal face às reacções.
Adam “Nergal” Darski, vocalista e mentor dos polacos BEHEMOTH, usou as suas redes sociais para expressar indignação pela forma como Donald Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, trataram o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, durante um encontro ocorrido em Washington, Estados Unidos, na passada sexta-feira, dia 28 de Fevereiro. Para Nergal, o comportamento dos líderes norte-americanos foi “arrogante, condescendente e completamente desprovido de diplomacia básica“.
O músico polaco, conhecido tanto pelo seu papel de destaque na música extrema como pela sua postura combativa em questões políticas e sociais, não poupou palavras ao descrever a atitude de Trump e Vance. Numa publicação, acompanhada por uma imagem do encontro, afirmou: “A conferência entre o Trump e o Zelensky acabou, e estou em choque. Donald Trump e JD Vance portaram-se como dois brutos sem classe e sem civilização — interrompendo Zelensky, cortando-lhe a palavra e tratando-o como um mero suplicante.
Foram arrogantes, condescendentes e mostraram-se completamente desprovidos de diplomacia básica. Uma incompetência imprudente e movida pelo ego, vinda de um homem que se julga um líder global. Isto não foi uma negociação — foi uma demonstração patética de agressão e de ignorância. Ucrânia, vocês NÃO estão sozinhos. Slava Ukraini.”
Além desta publicação, Nergal também partilhou uma imagem gerada por inteligência artificial que retrata Vladimir Putin a segurar Donald Trump por uma coleira, numa clara alusão à influência do líder russo sobre o presidente dos Estados Unidos. No dia seguinte, ao notar uma queda significativa no número de seguidores, Nergal reforçou a sua posição: “Um simples meme muitas vezes diz mais do que um ensaio inteiro. Ontem, fiz uma publicação — sem paninhos quentes, sem apaziguamentos. Isto sou apenas eu, a defender as minhas palavras com uma atitude intransigente — quer gostem ou não.
“Aos que mostraram apoio e compreensão — obrigado. Aos que discordam fortemente de mim, mas ainda assim apreciam a música — obrigado ainda mais. Não precisamos de concordar em tudo, e está tudo bem com isso. Dito isto, notei uma queda significativa no número de seguidores ontem — cerca de mil pessoas desapareceram. ÓPTIMO! Continuem a andar. Se as minhas palavras abalam a vossa bússola moral ou vos deixam desconfortáveis, insisto — desistam ainda mais rápido. O mundo está cheio de idiotas e, claramente, a minha lista de seguidores não era excepção. Não tenho qualquer simpatia por tolos.”
Esta não é a primeira vez que Nergal se manifesta contra Trump e a sua administração. Há muito que o líder dos BEHEMOTH tem sido uma voz activa contra figuras políticas que considera autoritárias ou que demonstram desprezo por valores democráticos. A sua postura frontal, aliada à identidade contestatária da banda, continua a alimentar tanto a admiração dos fãs quanto a polarização dentro da sua audiência.
Recentemente, os BEHEMOTH revelaram todos os detalhes acerca do seu próximo álbum, já o 13.º de estúdio e intitulado «The Shit Ov God», que tem data de edição prevista para o dia 9 de Maio de 2025 pela Nuclear Blast Records e, segundo comunicado de imprensa, “promete ser a obra mais incendiária da carreira da banda polaca.” As pré-encomendas dos formatos físicos já estão disponíveis.
“Escolhemos este título tão provocador deliberadamente, rejeitando a subtileza em favor de uma declaração directa e polarizadora. É um mergulho desafiador nas profundezas, ousando procurar o absoluto mesmo na sarjeta”, explica Nergal, o timoneiro da banda. Com estas palavras, fica claro que «The Shit Ov God» será um disco concebido para incomodar, desafiar e estimular reflexão. No contexto de uma era marcada por extremos, tanto ideológicos como culturais, os BEHEMOTH continuam a assumir o papel de instigadores, desmantelando conceitos estabelecidos sobre religião, espiritualidade e identidade.