Será que a criação dos HIGH PARASITE vai dar a estocada final nos lendários MY DYING BRIDE? O Sr. Aaron Stainthorpe responde.
Poucas semanas após o lançamento do seu novo álbum de estúdio, «A Mortal Binding», os pioneiros MY DYING BRIDE anunciaram o cancelamento de todas as datas ao vivo anunciadas para 2024. Verdade seja dita, há muito tempo que os britânicos mantêm a sua actividade em palco reduzida ao mínimo, mas este mais recente percalço acabou por revelar um problema maior: os MY DYING BRIDE não têm uma agência de management adequada e, desta vez, essa carência surgiu num momento bastante inoportuno.
Intensificando ainda mais os rumores de que provavelmente nem tudo está bem no seio dos MY DYING BRIDE, o vocalista Aaron Stainthorpe apareceu repentinamente em cena com os HIGH PARASITE, o novo grupo idealizado por Tombs, técnico de guitarras dos PARADISE LOST, que conta também com o enorme talento de Gregor Mackintosh, que produziu a estreia «Forever We Burn». Não surpreendentemente, as vozes limpas e os grunhidos sempre sufocantes de Stainthorpe são um dos pontos altos do disco, que se revela um exercício satisfatório de composição cativante e imediata.
Sabendo que os HIGH PARASITE não são apenas um projecto de estúdio, tendo já concertos marcados para este ano, não há como não conjecturar relativamente ao impacto que isso pode ter nos MY DYING BRIDE, mas o cantor garante as duas bandas não vão atropelar-se. “É importante esclarecer as pessoas em relação a algo: isto não tem nada a ver com o hiato de MY DYING BRIDE. Os HIGH PARASITE são um grupo que está em desenvolvimento há três anos“, explicou Aaron Stainthorpe ao Blabbermouth.
“Se fosse algo que perturbasse os MY DYING BRIDE, isso já teria acontecido muito antes. É apenas uma estranha coincidência que os estejamos a fazer esta pausa agora. No entanto, é claro que isso me permitiu passar mais tempo a trabalhar com os HIGH PARASITE. Sejamos sinceros, se olharmos para a carreira dos MY DYING BRIDE, há sempre intervalos de três ou quatro anos entre álbuns. Concertos, são uns dez ou quinze por ano. Posso facilmente encaixar aí outra banda, sem pisar os pés aos MY DYING BRIDE. que continuam a ser a minha banda principal.”
“É importante que as pessoas saibam que os MY DYING BRIDE não acabaram“, reiterou ainda Aaron. “Nós vamos voltar, já temos três décadas de história e astamos apenas a respirar um pouco. Esta pausa chegou no momento perfeito para mim e as coisas estão a resolver-se. O tempo é um grande curador. Vamos tirar esses problemas do caminho e ver o que acontece no próximo ano. Quando fizemos o «A Mortal Binding», gravámos algumas canções extra com a esperança de fazer um EP depois do álbum. Portanto, há outro disco a caminho.“