MOTÖRHEAD

MOTÖRHEAD: 45 anos de «Overkill»

No 45.º aniversário do seu lançamento, o segundo álbum dos MOTÖRHEAD permanece intemporal, crucial e um dos discos mais ‘cool’ de todos os tempos.

Certamente que «Ace Of Spades» é o hino por excelência dos MOTÖRHEAD e, provavelmente, o tema com mais versões para a banda de LEMMY, mas aquele que é o tema-título do LP que iniciou a trilogia de 1979 é uma força da natureza, como se pode provar na versão ao vivo incluída no clássico «No Sleep ‘Til Hammersmith», repetida por quatro vezes na edição comemorativa do célebre álbum. O tema está perfeitamente capturado no vídeo-clip oficial lançado na época.

Não muito diferente da que surgiria com o álbum ao vivo em 1981, diga-se. Já neste século, com uma formação completamente diferente e a celebrar trinta anos de banda, o tema mantinha-se forte. Afinal, “The only way to feel the noise is when it’s good and loud”. Após o desaparecimento de LEMMYMikkey Dee integrou os SCORPIONS e que melhor tema poderia um baterista escolher para prestar homenagem a Lemmy? «Overkill», obviamente. Os SCORPIONS souberam transformar isso num momento bonito, ao mesmo tempo que apresentavam os MOTÖRHEAD a um público diferente, como se pôde experienciar quando fizeram a homenagem no Marés Vivas, em 2017.

Originalmente editado a 24 de Março de 1979 pela Bronze, o segundo álbum dos MOTÖRHEAD, um trio então formado por Lemmy Kilmister, “Fast” Eddie Clark e “Philty Animal” Taylor foi lançado há precisamente 45 anos. Este foi o muito aplaudido sucessor da estreia homónima da banda britânica, que tinha sido lançada dois anos antes.

O disco foi gravado entre Dezembro de 1978 e Janeiro de 1979 nos famosos estúdios Roundhouse e Sound Development, em Londres, no Reino Unido, e produzido por Neil Richmond em parceria com Jimmy Miller, com quem os MOTÖRHEAD voltariam a colaborar no seu álbum seguinte, «Bomber», que seria lançado em Dezembro do mesmo ano.

No entanto, foi o «Overkill» que marcou um enorme salto em frente para a banda liderada pelo icónico Lemmy e, mais de quatro décadas depois, continua a ser sem qualquer dúvida um dos melhores registos de música pesada de todos os tempos.

Na verdade, há até quem o considere o melhor disco de sempre do grupo britânico, superando até o mais visível e aplaudido «Ace Of Spaces». Composto por dez temas, este é um álbum verdadeiramente feroz, mostrando a marca registrada dos MOTÖRHEAD em todo o seu esplendor — e foi com esta espécie de heavy metal injectado de punk, desleixado e cru, mas vigoroso e rude, que nasceu o thrash.