MIKE PORTNOY fala sobre o ‘timing’ do seu regresso, o material da era Mangini e a hipótese do próximo álbum ser uma continuação de «Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory».
Os DREAM THEATER oficializaram no passado dia 25 de Outubro, o retorno à banda do baterista Mike Portnoy, que foi um dos membros fundadores e estava afastado do grupo desde 2010. “Os titãs da música progressiva, vencedores de um Grammy, Dream Theater, anunciam o regresso do baterista Mike Portnoy ao grupo“, pode ler-se no comunicado publicado no site oficial da banda norte-americana. “Os Dream Theater vão entrar em estúdio para começar a trabalhar no seu 16.º álbum e o primeiro com Mike Portnoy desde «Black Clouds & Silver Linings», de 2009“.
Agora, durante uma sessão de perguntas e respostas no ‘Metalmania III’ do Rock ‘N’ Roll Fantasy Camp em Los Angeles, MIKE PORTNOY falou pela primeira vez publicamente sobre o seu retorno aos DREAM THEATER. “Bem, já se passaram 13 anos, e é uma loucura como o tempo voa“, começou por diz o músico. “Nos últimos dois anos, acho que durante a pandemia, voltei ao contacto com o John Petrucci. Quando estávamos presos em casa, o John estava a fazer um álbum solo e convidou-me para participar.”
“Começámos a conversar com mais frequência e decidimos que queríamos fazer outro álbum com os LTE, de que o Jordan Rudess também faz parte”, continuou MIKE PORTNOY. “Depois, o John convidou-me a ir em digressão com ele. A verdade é que nós temos uma longa história, de quase 40 anos, juntos. As nossas famílias cresceram juntas, as nossas esposas tocaram numa banda juntas e os nossos filhos cresceram todos juntos. Portanto, há tanta história além da música que pareceu que era o momento certo para fazê-lo.“
Questionado se o próximo lançamento de estúdio dos DREAM THEATER poderá ser uma continuação do álbum conceptual «Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory», de 1999, Portnoy respondeu: “Ainda não conversámos sobre isso, mas essa seria a opção mais óbvia e, talvez por ser tão óbvia, o mais certo é não o fazermos. Mas nunca se sabe… Seria definitivamente divertido, mas… Não sei. Nós vamos começar do zero, queremos simplesmente entrar em estúdio e restabelecer a nossa criatividade. Estamos numa fase diferente das nossas vidas. Será interessante ver como existimos neste novo mundo.“
Quanto à hipótese de interpretar ao vivo material gravado pelos DREAM THEATER com o seu substituto, o baterista Mike Mangini, MIKE PORTNOY garante estar disposto a fazê-lo. “Ainda é cedo para dizer“, diz ele. “Quando deixei a banda, há 13 anos, era eu que escolhia os alinhamentos e ainda nem discutimos qual como será a nova dinâmica. Estou aberto a isso, é claro, não terei qualquer problema em fazê-lo se for isso que eles querem fazer. Será, definitivamente, uma dinâmica diferente. Vou ter de encontrar o meu lugar, de preferência sem pisar os calos a ninguém.” Podes conferir toda a conversa no player em baixo.