AVTT / PTTN: MIKE PATTON junta-se aos AVETT BROTHERS num novo projecto [streaming]

Uma colaboração inesperada entre o mestre das experimentações vocais MIKE PATTON e os pioneiros da folk americana resulta num álbum a lançar em Novembro.

O inquieto e multifacetado Mike Patton volta a surpreender. Conhecido por uma carreira em constante mutação — do funk metal dos FAITH NO MORE ao experimentalismo dos MR. BUNGLE, passando pelo hardcore dos DEAD CROSS e pelas atmosferas dos FANTÔMAS —, o vocalista e compositor uniu forças com os AVETT BROTHERS, um dos nomes mais marcantes da cena folk e Americana contemporânea.

O resultado dessa parceria chama-se AVTT / PTTN, projecto que verá a edição do seu álbum de estreia autointitulado no próximo dia 14 de Novembro, através das editoras Thirty Tigers, Ramseur Records e da Ipecac Recordings, propriedade do próprio Mike Patton. O anúncio surgiu desd logo acompanhado pela estreia do primeiro single de avanço, «Eternal Love», balada folk etérea e intimista que já dá a conhecer a singularidade desta colaboração.

A canção, que já pode ser escutada no player em baixo, é descrita como uma reflexão sobre o “medo do amor eterno”, e apresenta harmonias vocais delicadas e instrumentação minimalista, evocando imagens de noites sombrias, sonhos de morte e viagens pelo campo num Mercedes reluzente.

Hoje, 15 de Outubro de 2025, a improvável união de Mike Patton e The Avett Brothers, acaba de lançar «Heaven’s Breath», um novo single que sucede ao tema de estreia «Eternal Love», e oferece aos fãs mais um vislumbre do que promete ser um encontro sonoro singular. “Isto é arte. É assim que criar deve ser: em segredo e sem ambição”, comenta Scott Avett sobre a génese do projecto. Recordando a relação com o Sr. Patton, diz que“ele faz parte do nosso DNA, como o tecido da nossa juventude. Literalmente, estudámo-lo. Hoje é um querido amigo, mas quando éramos mais novos, eu imitava-o.”

Como podes conferir no player em baixo, «Heaven’s Breath» reforça a dinâmica inesperada que o tema de estreia já tinha deixado no ar, algutes entre o experimentalismo de Patton e a sensibilidade folk dos The Avett Brothers, preparando o terreno para um álbum que promete surpreender fãs de ambos os universos musicais.

Segundo o comunicado oficial, o projecto nasceu de uma admiração mútua. Scott Avett, que partilha a liderança criativa dos AVETT BROTHERS com o irmão Seth, revelou que cresceu a estudar e a imitar o estilo vocal de Patton, considerando-o uma parte fundamental do ADN da sua banda. O músico explica: “Este é o verdadeiro sentido da arte. É assim que se deve criar, em segredo e sem ambição”.

O processo criativo iniciou-se com esboços de canções feitos por Scott, que depois passaram pelas mãos de Mike Patton, responsável por repensar arranjos e estruturas. Por fim, as composições ganharam forma definitiva com os contributos de Seth Avett. Patton descreve a experiência como uma procura incessante de identidade dentro do universo da própria família Avett: “O meu desafio foi tornar-me um primo muito distante — um irmão órfão”.

O álbum promete explorar diferentes territórios sonoros, com destaque para as harmonias vocais a três vozes e para uma versão “áspera e distorcida” da tradicional «The Ox Driver’s Song», que mostra como a fusão entre a ousadia de Patton e a tradição folk dos Avett pode dar origem a algo inteiramente novo. A produção do disco ficou a cargo do próprio Mike Patton, de Scott Avett e do engenheiro de som Dana Nielsen, cujo currículo inclui colaborações com nomes tão díspares como os Metallica e a Rihanna. Esta equipa de estúdio garantiu que a riqueza estética e a abordagem híbrida se mantivessem intactas.

Com lançamento marcado para Novembro, AVTT / PTTN apresenta-se como um encontro improvável que, ao mesmo tempo, parece natural. A ousadia experimental de Patton e a sensibilidade melódica dos Avett Brothers unem-se num registo que já promete ser um dos lançamentos mais intrigantes do final de 2025. A pré-encomenda do álbum já se encontra disponível, deixando no ar a promessa de um disco que desafia barreiras entre géneros e amplia os limites tanto da folk como do experimentalismo rock de Mike Patton.