Alguns meses depois de Mick Mars ter anunciado a sua retirada dos palcos, o TMZ revelou que o guitarrista está agora a processar os MÖTLEY CRÜE. O músico alega que foi removido “unilateralmente” da banda e que o seu afastamento representou um significativo corte na sua fonte de rendimento, apesar de ter garantido ao grupo que podia gravar no estúdio e continuar a compor. No final de Outubro, um representante de Mars divulgou um comunicado que tornava pública a decisão por parte do músico de deixar de fazer digressões devido à sua luta com a espondilite anquilosante, mas frisava que o guitarrista continua a ser tecnicamente um membro da banda. Os MÖTLEY CRÜE, por seu lado, não demoraram muito tempo a revelar que John 5 os ia acompanhar na estrada e foi exactamente isso que aconteceu em todos os concertos que fizeram de 2023 até agora. Segundo o processo legal instaurado pelos advogados de Mars, os músicos tiveram inclusivamente uma reunião para discutir o seu futuro como membro do grupo e, na ocasião, ficou claro seria capaz de gravar em estúdio e fazer “apresentações limitadas”. No entanto, o músico explica que, uns dias depois, foi “unilateralmente” removido do grupo , com a sua parte nos lucros a ser reduzida de 25% para 5%, já que não participaria nas digressões.
O processo alega ainda que o baixista Nikki Sixx “manipulou” Mars acerca das suas capacidades e prestações ao vivo, com o timoneiro da banda a dizer-lhe que tinha “disfunção cognitiva” e que as actuações se estavam a tornar “inferiores” por causa dele. No entanto, Mars nota que Sixx “não tocou uma única nota no baixo durante toda a digressão que os dois fizeram juntos nos Estados Unidos“, uma vez que todas as suas partes foram aparentemente pré-gravadas, assim como algumas linhas vocais de Vince Neil e partes de bateria de Tommy Lee. Aqui importa recordar que, há apenas umas semanas, o baterista Carmine Appice disse ao Ultimate Guitar que Mars não estava feliz com as condições em que a sua última tour com os MÖTLEY CRÜE decorreu e o músico tinha inclusivamente viajado separado do resto da banda. “Basicamente, estava tudo gravado”, disse Appice. “A verdade é que está tudo muito estranho há um tempo e o Mick não gostou que estivesse tudo gravado. Disse-me que achava que as pessoas percebiam isso“. O processo de Mars, que pode ser consultado na íntegra aqui, exige apenas que a banda entregue documentos sobre os seus negócios para resolver a disputa.