Mesmo sem atingir as alturas de sucesso comercial de alguns dos seus fãs mais notórios — como os GUNS N’ ROSES, FOO FIGHTERS, POISON, MANIC STREET PREACHERS ou até os ALICEIN CHAINS (a «Taxi Driver», que tocavam ocasionalmente ao vivo, era uma cover destes glam rockers finlandeses)– por força de uma carreira instável, os HANOI ROCKS são um nome marcante no rock e no metal, e o seu frontman MICHAEL MONROE, que cumprirá 60 anos em 2022, é a sua figura mais reconhecível. Está para breve a estreia de um documentário de mais de uma hora sobre a vida certamente muito interessante deste ícone, realizado por Saku Perintö, que percorre a ascensão, queda e retorno de Monroe e dos HANOI ROCKS, pela visão de muita gente importante, incluindo os membros da própria banda. Outros convidados são gente como Slash, Duff McKagan ou Chris Shiflett, portanto a coisa promete. “Vai ser a história toda da minha vida, mas baseada essencialmente no período de dez anos que passei em Nova Iorque,” explica Monroe. “Mas começa com o princípio da banda, e no final de contas é mesmo um documentário da minha vida e de quem eu sou. É o tipo de coisa que só se faz uma vez na vida, portanto certifiquei-me que era feito como deve ser!“.
Infelizmente, desde a estreia do primeiro trailer de um minuto, que podes ver no player em cima, surgiram alguns… obstáculos à visualização, digamos assim. Segundo a imprensa finlandesa, a companhia de streaming do mesmo país, Elisa Viihde, removeu o documentário da sua plataforma dias depois de o ter tornado disponível. Consta que a data de lançamento nessa plataforma tinha sido acordada com a produtora, mas que o serviço decidiu suspender a distribuição por “ambiguidades entre o Michael Monroe e a produtora.“ Segundo o realizador, “o documentário esteve disponível durante alguns dias antes de Monroe ter começado a pressionar a distribuidora, o que levou à sua suspensão.” Perintö revelou ainda que o documentário esteve originalmente planeado para 2017, antes de novas filmagens “extensivas” terem sido feitas a pedido do cantor. “A real razão para a reacção dele, para nós, é de que entrou num contrato novo para outro documentário, com uma produtora diferente, sem o nosso conhecimento, e diria que ele agora tem um problema para resolver. Obviamente que agora quer tornar este documentário difícil de ser publicado.” “As alegações de que fui eu que lancei o filme ilegalmente são totalmente absurdas,” continua o realizador. “Estamos a filmar o documentário com o Michael Monroe há cinco anos, detemos os direitos do mesmo, e distribuímo-lo com base em acordos dos quais ele tem todo o conhecimento. É um documento legal, que foi legalmente publicado. Tudo isto é uma pena, porque temos muita estima pela carreira do Michael Monroe, o documentário é de elevada qualidade e estava a ser muito bem recebido.” É caso para dizer que a novela está montada.