Foto do header: Jorge Botas
38 anos de carreira. Vistas as coisas, este número pode não estar entre os mais significativos quando se trata de aniversários, mas quando se fala dos Metallica – um nome de referência no underground, que se transformou num verdadeiro monstro do rock moderno – o 38 é só mais uma prova do surreal poder de permanência do quarteto formado por James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammet e Robert Trujillo. A confirmar que trabalham no duro, literalmente em todas as frentes, um ano e três meses depois de terem trazido pela primeira vez a Worldwired Tour a Lisboa, para um espectáculo na Altice Arena que esgotou em apenas seis dias, a banda norte-americana regressou a Portugal para mais uma actuação na capital.
Foi no Estádio do Restelo que, esta noite, teve início a segunda rota pelo Velho Continente de apoio ao mais recente registo de estúdio Hardwired… to Self Destruct. Ao invés do espectáculo de 2018, em que a banda atuou no centro da Altice Arena, num palco a 360º, propiciando uma proximidade pouco comum com o público, aquilo a que se assistiu nesta ventosa noite de Verão foi a um verdadeiro concerto de estádio, carregado de uma certa nostalgia extra, que deve ter trazido à memória de muitos dos presentes as primeiras passagens do grupo pelo nosso país, no Estádio José de Alvalade em 1993 e neste mesmo Estádio do Restelo, três anos depois, ambas referidas pelos músicos ao longo da noite.
Uma coisa é certa, com mais ou menos nostalgia no ar, com um público mais velho e civilizado, não tão dado a arrancar cadeiras das bancadas para arremessar para o relvado, tantos anos depois, cada actuação dos Metallica por cá tem esse sabor de celebração. Esta noite não fugiu à regra.
Podes ler o resto aqui.