MARILYN MANSON: “Sobrevivi a um monstro”, diz Ashley Morgan Smithline

Depois de, na semana passada, termos dado conta de um processo judicial instaurado a MARILYN MANSON por abuso sexual pela actriz Esmé Bianco, a modelo Ashley Morgan Smithline, que acusa o cantor de a ter violado enquanto dormia, entre outras agressões, foi entrevistada na mais recente edição da People Magazine e, durante a longa (e reveladora) conversa com Tomás Mier, detalhou as acusações contra o controverso músico norte-americano. Recorde-se que Ashley foi uma das primeiras mulheres a acusar o cantor no início de Fevereiro. A chamada de capa para o artigo no interior da revista é, por si só, bastante reveladora: “Sobrevivi a um monstro“. Como será fácil de adivinhar, a modelo diz que viveu situações terríveis durante o período em que conviveu com Marilyn Manson, que conheceu enquanto estava a fazer um trabalho na Ásia. Pouco tempo depois, o músico convidou-a para a gravação de um filme. Empolgada com a oportunidade, Ashley manteve contacto, acabando por viajar para a Califórnia no final do ano para dar início à rodagem da película.

A modelo diz que o abuso começou por ser essencialmente psicológico, mas que rapidamente se tornou físico — logo durante as filmagens, Manson chicoteou-a nas costas enquanto estava deitada de bruços numa cama. Durante a conversa, a modelo recorda também a primeira vez que foi violada pelo músico, dizendo que acordou a gritar ao aperceber-se que tinha os braços amarrados e que Marilyn a estava a penetrar enquanto dormia. Ele dizia repetidamente: ‘Não podemos violar alguém por quem estamos apaixonados’”, recorda Ashley, que também falou sobre um macabro pacto que, entre outras coisas, envolveu sangue. Cortou-me na barriga e depois bebeu o meu sangue. Depois, obrigou-me a beber o dele. Ao longo de dois anos, Smithline diz que foi repetidamente enviada para o “quarto das meninas más“, que nada mais é do que uma caixa de vidro no quarto de Manson, onde algumas das outras mulheres que acusaram o músico de abuso dizem que também foram colocadas. Se eu tivesse que fazer xixi enquanto ele reproduzia uma das suas canções que ouvi 30.000 vezes, tinha de ser trancada na caixa. Estava desnutrida e com frio“. Eventualmente, Ashley conseguiu sair da situação, apesar de ainda sofrer de stress pós-traumático e TOC. A modelo diz que começou a sentir-se melhor depois começar a conviver com outras mulheres que também dizem ter sido abusadas pelo cantor. “Ao estar com as outras miúdas, os meus sentimentos de culpa e vergonha diminuíram“, disse, referindo-se a Evan Rachel Wood e Esmé Bianco.Não sou uma vítima. Sou uma sobrevivente. Quero que as pessoas saibam quem ele é, e tudo isto vale a pena se nenhuma outra mulher for novamente magoada por ele“.

Desde o dia 1 de Fevereiro, o controverso cantor norte-americano tem sido alvo de acusações e abusos. Tudo começou quando sua ex- noiva, a também actriz Evan Rachel Wood nomeou publicamente MARILYN MANSON como sendo o abusador que já tinha mencionado ao testemunhar perante o Senado da Califórnia em relação à extensão do estatuto de limitações de casos de violência doméstica de três para cinco anos. No dia 1 de Fevereiro deste ano, a actriz de “Westworld” usou a sua conta no Instagram para revelar mais detalhes sobre os abusos físicos e mentais de que foi vítima nas mãos do cantor norte-americano e, na sequência das suas publicações, pelo menos meia dúzia de outras mulheres apresentaram também as suas próprias acusações contra o músico. Em vários posts espalhados pelas redes sociais, todas as mulheres alegam ter sofrido “agressões sexuais, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação” nas mãos de Manson, que nega veementemente as acusações. Num comunicado, o músico, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, afirmou que “estas recentes alegações são horríveis distorções da realidade. As minhas relações íntimas foram sempre inteiramente consensuais e com parceiros na mesma disposição.”

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