Ontem, terça-feira, dia 25 de Maio, o departamento de polícia de Gilford, em New Hampshire, nos Estados Unidos, emitiu uma ordem de prisão contra o cantor Marilyn Manson. A informação foi divulgada pela própria corporação, através das redes sociais e pode ser vista em baixo. O mandado emitido pelas autoridades locais não está ligado com as recentes acusações de abuso sexual feitas contra o artista, mas sim a duas agressões, classificadas apenas como contravenções, ocorridas durante um espectáculo no Bank of New Hampshire Pavilion, em Gilford, a 18 de Agosto de 2019. De acordo com o TMZ, um cinegrafista, que foi contratado para fazer a transmissão da actuação nos ecrãs gigantes da arena, alega que foi atingido deliberadamente pelo cuspo do vocalista. O vídeo que capta o momento em que Manson cuspiu em direcção à camera pode ser visto aqui.
Como o crime não originou propriamente danos físicos ao queixoso, MARILYN MANSON foi inicialmente acusado de contravenção do tipo A. Segundo os órgãos jurídicos locais, o delito pode dar origem a uma possível sentença de prisão de menos de um ano e a uma multa de US$ 2 mil. Infelizmente, a situação do cantor perante a Justiça agravou-se porque, mesmo ciente do processo, não respondeu aos pedidos das autoridades locais para regressar ao New Hampshire e responder às acusações. O órgão de polícia aponta que Manson, de seu nome Brian Warner, já sabia do mandado de prisão há algum tempo, mas também nunca apareceu para se defender. Outra coisa que a instituição deixou bem claro no seu comunicado foi que esta acusação não tem absolutamente nada a ver com as recentes alegações que o colocam como responsável por diversos abusos sexuais.
Durante os últimos meses, o cantor MARILYN MANSON foi acusado por mais de dez mulheres de abuso sexual, com o mais recente processo a dar entrada em tribunal por parte de uma ex-assistente do shock rocker norte-americano. Segundo o The Cut, Ashley Walters está a processar o ex-empregador por abuso sexual, agressão e assédio. O processo deu entrada no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles a 18 de Maio. Escassas semanas antes, a actriz ESMÉ BIANCO, mais conhecida por ter interpretado a personagem Ros na série ‘Game Of Thrones’, também deu entrada na justiça com um processo por violação, agressão sexual e tráfico humano que tem como arguido Manson. Além do cantor, o seu ex-manager, o empresário Tony Ciulla, e a sua empresa, a Ciulla Management, foram também nomeados como réus.
Desde o dia 1 de Fevereiro de 2021, o controverso cantor norte-americano tem sido alvo de acusações de abusos. Tudo começou quando sua ex- noiva, a também actriz Evan Rachel Wood nomeou publicamente MARILYN MANSON como sendo o abusador que já tinha mencionado ao testemunhar perante o Senado da Califórnia em relação à extensão do estatuto de limitações de casos de violência doméstica de três para cinco anos. No dia 1 de Fevereiro deste ano, a actriz de “Westworld” usou a sua conta no Instagram para revelar mais detalhes sobre os abusos físicos e mentais de que foi vítima nas mãos do cantor norte-americano e, na sequência das suas publicações, pelo menos meia dúzia de outras mulheres apresentaram também as suas próprias acusações contra o músico. Em vários posts espalhados pelas redes sociais, todas as mulheres alegam ter sofrido “agressões sexuais, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação” nas mãos de Manson, que nega veementemente as acusações. Num comunicado, o músico, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, afirmou que “estas recentes alegações são horríveis distorções da realidade. As minhas relações íntimas foram sempre inteiramente consensuais e com parceiros na mesma disposição.”