Esta versão gótica do clássico dos anos 80 antecipa a digressão de Primavera do controverso MARILYN MANSON.
Como noticiado ontem, MARILYN MANSON regressou às edições esta semana com mais uma incursão pelo repertório da pop dos 80s, desta vez com uma versão intensa e soturna de «In The Air Tonight», o lendário tema de Phil Collins. O single, editado através da Nuclear Blast, esteve apenas limitado a uma edição de apenas 4.000 cópias no formato CD, com «As Sick As The Secrets Of (Sleep)» no “lado B”, mas agora foi finalmente disponibilizado também nas pataformas de streaming.
Originalmente incluído em «Face Value», o álbum de estreia a solo de Collins lançado em 1981, o tema «In The Air Tonight» tornou-se rapidamente um dos maiores hinos do ex-baterista dos GENESIS, atingindo três vezes a marca de platina só nos Estados Unidos. A canção é especialmente célebre pelo seu crescendo atmosférico e pelo icónico break de bateria, eternizado em múltiplas referências da cultura pop — dos episódios de Miami Vice às campanhas da Cadbury com gorilas bateristas.
A aura enigmática da faixa, cheia de tensão e ambiguidade emocional, tornou-a candidata natural para uma reinterpretação por parte de um artista como MARILYN MANSON, que já provou inúmeras vezes a sua mestria na reinvenção de clássicos com as suas aclamadas versões de «Sweet Dreams (Are Made Of This)», dos EURYTHMICS, e de «Personal Jesus», dos DEPECHE MODE. Essas duas versões conseguiram rivalizar com os seus originais em termos de popularidade, tornando-se centrais no imaginário gótico-industrial que Manson cultivou ao longo das décadas.
Mais do que meras versões, estas canções reimaginadas revelam o olhar perverso e estético de Manson sobre a cultura pop. Ao revesti-las com camadas de distorção, tensão sexual e decadência emocional, o artista não só presta homenagem ao passado como o molda à sua imagem. «In The Air Tonight» encaixa perfeitamente neste molde: uma balada carregada de presságios que, nas mãos de MARILYN MANSON, ganha contornos quase litúrgicos.
Esta não é, de resto, a primeira vez que a faixa de Phil Collins é reinventada por nomes ligados ao rock e metal. Os NONPOINT, representantes da vaga nü-metal, lançaram a sua versão em 2004, e mais tarde os IN THIS MOMENT seguiram o mesmo caminho. No entanto, a abordagem de MARILYN MANSON é, “previsivelmente, mais dramática e teatral, apostando num crescendo emocional que parece ter sido feito à sua medida“, lê-se no comunicado de imprensa.
Após alguns anos de paragem, MARILYN MANSON voltou aos palcos em 2024 e prepara-se para um regresso triunfante a Portugal no dia 30 de Novembro, com um espectáculo marcado para o Sagres Campo Pequeno, em Lisboa. Esta data faz parte da segunda fase da digressão mundial One Assassination Under God, que sucede ao lançamento do seu 12.º álbum de estúdio, «One Assassination Under God – Chapter 1», editado pela Nuclear Blast Records em 2024. Após anos de afastamento e um regresso marcante com este novo registo de originais, o shock rocker volta a demonstrar porque continua a ser um dos nomes mais provocadores e influentes da música rock.
A primeira etapa da digressão decorreu ao longo do ano passado e marcou o muito aguardado regresso de MARILYN MANSON após um período de silêncio. Agora, o artista volta à estrada com uma nova série de concertos que atravessará diversas cidades norte-americanas — incluindo Denver, Las Vegas, Anaheim e Pittsburgh — antes de atravessar o Atlântico. Nesta nova fase, o percurso incluirá algumas das maiores arenas europeias, passando pela icónica OVO Arena Wembley, em Londres, pelo Zenith, em Paris, e ainda pela Max-Schmeling-Halle, em Berlim, culminando no espectáculo de encerramento em Lisboa.
Os bilhetes para o concerto de MARILYN MANSON em Lisboa estarão disponíveis para pré-venda a partir de 2 de Abril, às 10:00, com a venda geral a arrancar a 4 de Abril, também às 10:00, em primeartists.eu e nos locais habituais.
